Muito boa noite. No último domingo o entretenimento e a aposta da TVI em Cristina Ferreira eram notáveis na edição de O Protagonista. Esta semana, continuamos a dar destaque à estação de Queluz de Baixo, mas desta vez numa área totalmente diferente: a informação. Assim, José Alberto Carvalho e Judite de Sousa são os convidados centrais desta noite!
A semana que passou foi surpreendente. Comparo-a a um autêntico castelo de cartas, no qual quando ocorre uma falha, tudo se desmorona. No fundo, foi isso que se passou nos últimos dias. Com a demissão de Júlio Magalhães do cargo de director de informação da TVI, rapidamente se noticiou a saída de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa da estação pública. Normalmente, estas informações ocorrem de forma mais lenta, porém foi com uma pequena diferença de tempo que os seguidores de televisão ficaram a par de todas estas mudanças.
Os profissionais em questão já faziam parte das raízes do primeiro canal, eram vistos como exemplos a seguir pelos telespectadores. A sua transferência para a TVI foi demasiado rápida, e acredito que para muitos portugueses o corte dos ordenados na RTP possa muito bem ser justificação para estes ganhos da estação da Media Capital.
Pessoalmente, não consigo compreender a decisão de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa, sabendo desde já que ambos estiveram envolvidos nas críticas que o primeiro-ministro teceu ao Jornal Nacional de 6ª Feira. Recorda-se do momento que José Sócrates apelidou o noticiário conduzido de Manuela Moura Guedes como sendo "travestido" e da reacção do marido de Marta Atalaya? Pois, tendo isso em atenção, é difícil perceber o que se terá passado. Será a informação da estação de Queluz de Baixo um desafio tão grande, para se abandonar um projecto vencedor? São estas algumas das questões cujas respostas teimam em surgir.
Por outro lado, o que irão fazer José Alberto Carvalho e Judite de Sousa na TVI? Conduzir debates políticos, e dar a cara por entrevistas a personalidades de alto nível? Mas esse não seria o papel de ambos na RTP? Não esquecer igualmente a imagem que estes dois jornalistas tinham da informação do canal da Media Capital, e que muitas vezes deixavam transparecer em declarações à imprensa. De facto, as audiências dos noticiários de Queluz de Baixo têm aumentado. Quanto à qualidade de informação não sei se acompanhou essa mesma subida. Não quero com isto dizer que os noticiários da TVI não estão ao mesmo nível da concorrência, muito pelo contrário. Nada é perfeito, e a informação em Portugal está longe de o ser. Gralhas em directo, erros na obtenção de fontes, notícias que não interessam nem ao familiar mais afastado do nosso lar, são alguns dos problemas com que hoje nos deparamos quando ouvimos os vários pivôs a actualizar os telespectadores nos diversos jornais.
Assim, resta concluir que é por estes motivos que tenho de concordar quando referem que a rádio é o meio mais credível de comunicação. Está comprovado, basta pesquisar sobre este assunto.
Sou a favor de mudanças, confesso. Contudo, quando elas me parecem estranhas, ou totalmente inesperadas, não consigo arranjar respostas para as múltiplas questões que assombram o meu inconsciente. Uma coisa é certa, a demissão de Júlio Magalhães do cargo que ocupou até agora já estava a ser negociada com a administração do canal da Media Capital, o que nos leva a concluir que o namoro da TVI com José Alberto Carvalho e Judite de Sousa já levava alguns meses. Veremos todos os resultados destas contratações brevemente não só na estação de Queluz de Baixo, como também na RTP. Como irá o primeiro canal reagir a tais perdas? A meu ver, continuará no topo das preferências dos portugueses.
Estarei errado? Duvido.
A semana que passou foi surpreendente. Comparo-a a um autêntico castelo de cartas, no qual quando ocorre uma falha, tudo se desmorona. No fundo, foi isso que se passou nos últimos dias. Com a demissão de Júlio Magalhães do cargo de director de informação da TVI, rapidamente se noticiou a saída de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa da estação pública. Normalmente, estas informações ocorrem de forma mais lenta, porém foi com uma pequena diferença de tempo que os seguidores de televisão ficaram a par de todas estas mudanças.
Os profissionais em questão já faziam parte das raízes do primeiro canal, eram vistos como exemplos a seguir pelos telespectadores. A sua transferência para a TVI foi demasiado rápida, e acredito que para muitos portugueses o corte dos ordenados na RTP possa muito bem ser justificação para estes ganhos da estação da Media Capital.
Pessoalmente, não consigo compreender a decisão de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa, sabendo desde já que ambos estiveram envolvidos nas críticas que o primeiro-ministro teceu ao Jornal Nacional de 6ª Feira. Recorda-se do momento que José Sócrates apelidou o noticiário conduzido de Manuela Moura Guedes como sendo "travestido" e da reacção do marido de Marta Atalaya? Pois, tendo isso em atenção, é difícil perceber o que se terá passado. Será a informação da estação de Queluz de Baixo um desafio tão grande, para se abandonar um projecto vencedor? São estas algumas das questões cujas respostas teimam em surgir.
Por outro lado, o que irão fazer José Alberto Carvalho e Judite de Sousa na TVI? Conduzir debates políticos, e dar a cara por entrevistas a personalidades de alto nível? Mas esse não seria o papel de ambos na RTP? Não esquecer igualmente a imagem que estes dois jornalistas tinham da informação do canal da Media Capital, e que muitas vezes deixavam transparecer em declarações à imprensa. De facto, as audiências dos noticiários de Queluz de Baixo têm aumentado. Quanto à qualidade de informação não sei se acompanhou essa mesma subida. Não quero com isto dizer que os noticiários da TVI não estão ao mesmo nível da concorrência, muito pelo contrário. Nada é perfeito, e a informação em Portugal está longe de o ser. Gralhas em directo, erros na obtenção de fontes, notícias que não interessam nem ao familiar mais afastado do nosso lar, são alguns dos problemas com que hoje nos deparamos quando ouvimos os vários pivôs a actualizar os telespectadores nos diversos jornais.
Assim, resta concluir que é por estes motivos que tenho de concordar quando referem que a rádio é o meio mais credível de comunicação. Está comprovado, basta pesquisar sobre este assunto.
Sou a favor de mudanças, confesso. Contudo, quando elas me parecem estranhas, ou totalmente inesperadas, não consigo arranjar respostas para as múltiplas questões que assombram o meu inconsciente. Uma coisa é certa, a demissão de Júlio Magalhães do cargo que ocupou até agora já estava a ser negociada com a administração do canal da Media Capital, o que nos leva a concluir que o namoro da TVI com José Alberto Carvalho e Judite de Sousa já levava alguns meses. Veremos todos os resultados destas contratações brevemente não só na estação de Queluz de Baixo, como também na RTP. Como irá o primeiro canal reagir a tais perdas? A meu ver, continuará no topo das preferências dos portugueses.
Estarei errado? Duvido.
13 comentários:
A informação da TVI vai sofrer uma grande mudança com a vinda destes excelentes profissionais para a estação.
Depois de algumas perdas, e principalmente a de Júlio Magahães (que parecendo que não era um grande pilar na informação), a TVI precisava de tapar este buraco, e ao mesmo tempo resolver os seus problemas na informação a longo prazo.
E foi isso que fez. Contratou José Alberto Carvalho e Judite de Sousa para a direcção, e acredito que estes últimos vão fazer um grande trabalho na TVI.
Se a informação tem vindo a subir, daqui para a frente só pode continuar este subida. A informação da TVI vai crescer a todos os níveis, e vai ser mais competitiva entre todos os canais.
E obviamente se as informações forem mais competitivas, vão ser «obrigadas» a recorrer a novos programas de informação (reportagens) etc, para captar o máximo público possível.
Penso que agora vai deixar de haver o líder isolado do 'Telejornal', até porque a TVI já garante o 2º lugar à semana (mordendo por vezes a RTP1) e o 1º ao Domingo!
Esta competitividade na informação só favorece um elemento: O público
será que tambem vão apresentar as noticias?
Eu acho que vão meteo@alentejo. Aliás a Judite ou o José Alberto de Carvalho são pivôs muito fortes nos directo de apresentação dos blocos.
A TVI concerteza irá alternar a Judite com o José Carlos, o Pedro Pinto e o José Alberto Carvalho, embora não tenha tanta certeza se este último irá apresentar os Jornais.
Eu percebo o teu comentário Rodolfo, só não entendo a grande diferença entre o trabalho que irão os dois jornalistas realizar na TVI, que não faziam na RTP.
Ok, novas oportunidades na TVI?
Ok, vão fomentar a informação na TVI que ultimamente tem crescido?
Mas... isso já não o faziam na RTP?
É isso que não entendo, mas com o tempo as coisas devem ficar mais claras.
Para mim existem outros grandes motivos por trás destas transferências, e que não se ficam apenas por um simples convite da estação de Queluz de Baixo.
Cumprimentos,
DS
Não estou a ver o José Alberto Carvalho e a Judite de Sousa a integrarem-se na informação da TVI.
São tão opostas!
Uma coisa é certa: os directores não criam raízes na TVI, assistindo-se a uma dança de cadeiras, bem preocupante!
O Moniz, o André Cerqueira, o Júlio Magalhães, a Júlia Pinheiro, como directora da Formatação de Conteúdos, a Gabriela Sobral, o João Maia Abreul... todos se têm demitido de ânimo leve.
Parece que os projectos da TVI não têm força para segurar os directores! Mau sinal!
Na verdade a TVI quase não tem directores!
Neste momento, a Media Capital faz fugir as pessoas: o João Adelino Faria, o próprio Ricardo Costa, que regressou ofegante à sua SIC.
Faz pensar!
Maria, em relação ao que disse não concordo totalmente. As transferências ocorrem em todos os canais. Logo, esse não é apenas um mal da TVI. Relembro o caso de Teresa Guilherme, Herman José ou Jorge Corrula, que abandonaram a SIC com um grande descontentamento com a estação.
Logo, sendo ou não directores, a verdade é que as mudanças acontecem.
Cumprimentos,
DS
Esqueceste-te de Fátima Lopes Diogo, essa foi uma grande perda para a SIC.
Exacto ;)
Olá DS.
Eu referi-me à dança das cadeiras dos directores! Todos, repare, eu disse todos abandonam os projectos, ( na informação, na direcção de programas, enfim, em todas as áreas), pelo que me parece não terem força ou consistência para os segurar!
Quando um projecto prende por ter viabilidade( dou como exemplo o seu próprio projecto na Televisão-Opinião)... é como um filho, que não se abandona, mas cria com amor.
É que a TVI está praticamente sem directores!
O Herman José saíu da SIC a criticá-la, como se ela tivesse a culpa da sua queda.
Afinal...não resultou na TVI, que logo que pôde considerou o contrato terminado.
E não resulta na RTP, onde dá umas audiências miseráveis!
Afinal a culpa não é da SIC!
Só que a RTP, ao contrário das privadas, vive do dinheirinho dos nossos bolsos e não precisa das audiências do Herman José.
Quanto à Teresa Guilherme, segundo uma entrevista do Luís Marques, teve uma gestão ruinosa. Não estava a interessar à SIC, pelo que foi dispensada!
Os meus cumprimentos:
Temos que concordar que as contratações pela SIC na TVI têm sido a um ritmo vertiginoso, não dando à TVI tempo para respirar!
Todos os dias surge um nome novo, em todas as áreas.
E não pararam ainda!
Foi por isso, pelo grande rombo que a TVI tem levado, que se virou em pânico para a RTP, já que não conseguiu na SIC!
De facto a Fátima Lopes foi a única excepção!
Só mais uma coisa:
Não se comparam as funções realizadas pela Júlia PInheiro e a Fátima Lopes.
A Fátima LOpes na SIC, limitava o seu papel à apresentação de talk shows.
Nunca lhe foram dadas outras funções.
É porque nunca lhe viram faculdades para isso!
Na TVI faz o mesmo. Quando lhe foi dado outro programa falhou, com audiências bem baixinhas!
Na apresentação do programa da tarde, também desce dia a dia.
A Júlia Pinheiro realizava várias funções na TVI, onde deixou um rombo muito grande: era directora de conteúdos, era apresentadora das tardes e apresentadora de reality shows.
Na TVI ficou um espaço vazio!
O Cotrim de Figueiredo ainda hoje tem dificuldade em acreditar que a Júlia se foi! Sempre esperou segurá-la!
Na SIC realiza as mesmas funções, em comum com a sua grande amiga, a Gabriela Sobral!
Comparações? Não há!
Cumprimentos:
- Não esquecer que acima da nossa paixão por este ou aquele canal/programa/apresentador, a televisão é para muitos o/um local de trabalho, uma empresa; claro que o profissionalismo, o brio e a dedicação contam, mas ao final do mês há contas para pagar e carreira para gerir. É assim com os advogados, com os médicos, com os gestores e com os profissionais de televisão.
- Na RTP, com a actual conjuntura económica e as medidas forçadas decididas pelo governo, e por ser uma empresa com participação do estado, a politica salarial e de remuneração sofreu e vai sofrer ainda mais constrangimentos. Ora os vencimentos dos directores da RTP, têm um vencimento base "baixo", comparando com o valor total recebido, porque, depois, e devido a uma engenharia financeira, acrescem vários subsídios, por apresentação, por isenção de horário, por funções directivas, para representação,... Só que esses têm os dias contados na RTP.
- Há projectos de privatização da RTP, e consequente concurso publico, para a transmissão de determinados programas considerados de serviço publico(seria um tópico interessante de ver discutido neste blog, a definição de um padrão de programas de interesse publico e o custo que estaríamos, todos, dispostos a pagar com os nossos impostos); Logo a RTP tem de "emagrecer" e muito, o seu quadro de pessoal e de custos fixos;
- A função de director de informação, tem uma componente "administrativa" muito grande, fora das camaras e da visibilidade (ex. gestão de pessoal, planeamento a médio/longo prazo, gestão de meios de produção e técnicos, definições editoriais, agenda, contactos, gestão de fontes de informação, e, no caso da RTP, estar disponível para receber e atender numerosos pedidos de esclarecimentos e reclamações de vários sectores da sociedade.
- Num canal privado, há mais limites de e na gestão, e objectivos bem traçados, pois os accionistas não podem perder dinheiro, é uma empresa privada!!
- Opinião pessoal: as vantagens destas mudanças:
RTP: controlo de custos, prioridade p/ 2011 traçada pela administração, as audiências não são a prioridade.
TVI: No caso da Judite, o prestigio, o mainstream, a experiência, a "carteira" de contactos que tem, e de personalidades que não quererão ou não "poderão" lhe dar uma nega num convite para uma entrevista(o inverso de Manuela Moura Guedes), associado à capacidade de trabalho e de direcção e gestão.
O José Alberto Carvalho, profissional com currículo, pode não ser consensual na forma de gestão da direcção, o Rodrigo Guedes de Carvalho também não é conhecido pelo seu bom feitio, mas rumores apontam para a 1ª escolha para a direcção de info da TVI.
A TVI precisava de uma mão forte na gestão e controlo de custos. Foi uma exigência da administração e do novo accionista Paes do Amaral, o Juca (Julio Magalhães) é uma excelente pessoa (lol expressão típica nacional) mas é um porreiro, e a TVI precisa de profissionais fortes e com pulso! (Falo do trabalho por detrás das camaras o não visível).
Depois, as vantagens de ambos é que, qualquer um pode acumular as funções de direcção com as de reportagem, pivot, grande entrevista... São dois, 2 em 1! E funcionam bem em equipa.
Foi uma boa jogada, cara, muito cara, mas não tão cara como eram o José Eduardo Moniz(embora fosse 4 em 1) e a Manuela Moura Guedes.
É como disse o prof. Marcelo, ontem, a TVI na informação vai certamente tentar trazer o mainstream da RTP aliada à independência de um canal privado, sem a obrigação de gerir ao minuto o tempo de antena que dá a cada partido politico no telejornal!!
João Pedro
E acrescento, o mais importante, é a direcção de programas, aí sim há uma falta de pessoas na TVI, melhor, na TV portuguesa. Com orçamentos milionários qualquer um é excelente director, o problema é que nos dias de hoje, e no futuro próximo, os tostões são para contar, a publicidade reduzida e a começar a ser partilhada em força com o cabo, uma faixa muito grande da população que não vê televisão, vê programas e bocados dos mesmos, por partilha na internet e que não é ainda possível medir nas audimetrias.
Não está fácil nem me parece que vá para melhor, e ai sim estará o maior desafio para os canais de TV, porque em cada um de nós há um director de programas em potência e com as actuais ferramentas online, já podemos ser nós a escolher o que e quando queremos ver, só não podemos é escolher o conteúdo e as escolhas por produzir este ou aquele programa.
O director de programas tem de ser mais um gestor de conteúdos, depois cada espectador consome quando e onde quiser!
João Pedro
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