A contratação de Fátima Lopes no Verão passado vai ser o... grande reforço de Inverno da TVI. Com a notícia, avançada há seis dias pelo DN, da contratação de Júlia Pinheiro pela SIC, Fátima vai poder finalmente encontrar o seu espaço na grelha da estação e lutar por mostrar a si própria que a sua transferência não foi no timing errado. Para já, é cedo para dizer isto, mas o momento que se vive no mercado televisivo, com as trocas de camisola, cheira a fim de ciclo. As entradas em Carnaxide de Gabriela Sobral, Manuela Moura Guedes, Júlia Pinheiro, Rogério Samora, Manuel Cavaco, Helena Laureano, entre outros, parecem projectar algo de novo na relação de forças televisivas em 2011. Ora, ainda há um ano, Fátima Lopes, nas tardes da SIC, tentava lutar contra a hegemonia de Júlia Pinheiro na TVI. Dentro de uns meses, pode ser precisamente ao contrário. Ainda ninguém sabe se Júlia vai pegar nas manhãs da SIC ou nas tardes, mas é quase certo que Fátima vá ocupar o seu lugar natural na TVI, na condução de um programa de conversas, em que se sente mais à vontade e em que os portugueses já mostraram que gostam de a ver.
Ou seja, a saída de Júlia Pinheiro abre espaço a Fátima Lopes, permite-a tornar-se relevante numa estação onde, verdadeiramente, ainda não tinha sido. Porque convenhamos: apesar de gostar muito de Fátima Lopes, a sua bombástica transferência para a TVI ainda não tinha provocado mais do que uns leves tiros de pólvora seca. Agora sim. A partir de Janeiro, Fátima pode finalmente ser o que sempre foi: uma lutadora, uma resistente, um diamante catalisador de audiências. Resta saber se Fátima não será vítima de si própria. Era preciso azar ter mudado logo na altura em que tudo está... a mudar.
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