1. O expediente a que o Governo pretende recorrer para reduzir a comparticipação do Orçamento de Estado e, ao mesmo tempo, manter os níveis de financiamento da RTP tem algo de constrangedor. Feitas as contas, e segundo leio pela imprensa, a estação pública acabará, via taxa de audiovisual, por receber exactamente o mesmo dinheiro de sempre. Ou seja: o Estado aperta o cinto, os portugueses apertam o pescoço e a RTP não aperta nada. Faz sentido.
2. Rui Moreira é um bom comentador futebolístico, com bastante valor mediático. A sua contratação pela TVI, a confirmar-se (e eu apostava dois salários em como se confirmará), é uma boa aposta. Mas como deixar de suspeitar que aquela explosão no Trio d'Ataque, a pretexto de quase nada, não vinha já alcandorada de uma proposta prévia de Queluz de Baixo?
3. O DN fez as contas e chegou a uma conclusão simples: das quase 50 perguntas que a Endemol coloca aos candidatos a concorrentes de Operação Triunfo, a esmagadora maioria é semelhante às que a Fremantle põe aos candidatos a concorrentes de Ídolos ou Jogo Duplo. Parece plágio, mas não é. É apenas mais uma prova de que a TV se está a fazer toda da mesma maneira. E, ao pé dessa tragédia, um plagiozinho seria irrelevante.
4. Não deixa de ser curioso: há dois anos, reclamávamo-nos na linha da frente do projecto da Televisão Digital Terrestre; hoje, estamos atrasados como quase ninguém na Europa. O que nos mostra duas coisas. A primeira é que a TDT foi, de facto um processo bastante rápido. A segunda é que, como tantas outras vezes, Portugal foi demasiado lento.
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