6 de outubro de 2010

Falar Televisão

A academia de Carnaxide


Foi na passada sexta-feira que, neste mesmo espaço, o Pedro escreveu que na SIC não há motivos para se comemorar. Com todo o respeito que tenho pela sua opinião, tenho que dizer que não concordo com ela.


Independentemente dos resultados audiométricos, da tão falada crise que o canal atravessa, dezoito anos são um marco na vida de uma pessoa e, como não podia deixar de ser há que celebrar. E foi isso que a estação de Carnaxide fez! Embora não o tenha feito como em outros tempos, pelo menos fez. Caso não o fizesse, quantas vozes se levantariam a dizer que o devia ter feito?


Mais do que resultados, um canal é feito de profissionais, de programas, de ideias, de factos, de momentos. E, em dezoito anos de vida, muito se fez por aqueles lados. Se não fosse a SIC teria Fátima Lopes ido para a TVI? Se não fosse a SIC estaria Júlia Pinheiro neste momento no lote dos melhores apresentadores da televisão portuguesa? Mais do que isso, se não fosse a SIC, haveria actualmente televisão generalista?

A SIC é mais do que tudo isto, a SIC é a estação daqueles que com ela nasceram e que acreditam numa televisão diferente. Caso contrário, ninguém falaria sobre o seu actual momento de crise, não era lá que iam buscar os melhores profissionais de que o pequeno ecrã dispõe.


Quem me conhece, sabe que tenho um carinho especial pela televisão de Carnaxide. Sei que não o devia dizer aqui, mas é a verdade. Quando vejo a SIC sinto-me em casa e é isso que muita gente sente também. Para além da SIC, tenho um gosto especial pelo Sporting Clube de Portugal.


Numa pequena comparação, atrevo-me a dizer que estão os dois relacionados. O Sporting porque também não tem feito grandes resultados, mas, mais do que isso, também em Carnaxide parece existir uma espécie de academia de Alcochete, onde são formados os melhores jogadores (leia-se apresentadores) portugueses que acabam por vir a brilhar noutros canais.


Parabéns, SIC! Parabéns, portugueses!

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