4 de setembro de 2010

Para lá das 24


Boa noite e bem-vindo ao último espaço Para lá das 24 desta semana
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Esta sexta-feira, 3 de Setembro de 2010, ficou marcada pela leitura do acórdão do processo de pedofilia na Casa Pia, simbolizando assim um hipotético fim deste longo ciclo que dura há já bastantes anos.

Televisivamente, este foi o prato forte das últimas 24 horas. Desde as 9:00 de ontem que as emissões das generalistas têm sido constantemente estremecidas pelos ‘especiais informativos’ que aparecem de rompante, levando assim a que concursos de 1 hora se reduzissem a concursos de 20 minutos, que jogos de futebol começassem a ser transmitidos em pleno hino nacional ou que cantores fossem literalmente silenciados do ar em plena actuação. O habitual.

Mas o que me incomodou verdadeiramente neste dia foi o triste desempenho de alguns jornalistas que estiveram no terreno a acompanhar todas as movimentações. Desde as habituais questões do tipo “Como se sente?” até a explícitas insinuações e considerações para com os entrevistados, grande parte dos jornalistas que estiveram ontem no exterior do Campus de Justiça de Lisboa excederam demasiados limites no desempenho do seu trabalho. Compreendo que fosse obrigação deles recolher informações, depoimentos e até mesmo algumas imagens mais marcantes, mas tentar isso a todo o custo e de uma forma tão patética como a que foi feita é que já é de lamentar.

Obviamente que com isto não quero criticar o computo geral das emissões realizadas, que demonstraram até uma forte vontade de informar com excelentes profissionais à mistura, de entre as três generalistas. Mas é por causa de momentos tristes (como os explícitos no seguinte vídeo) que faço esta dura crítica a esta espécie de ‘jornalismo express’:


Um comentário:

Miguel Reis disse...

Daquela jornalista da RTP não se pode esperar outra coisa...

A da TVI não digo que fosse uma má reportér, mas é muito sensacionalista... e com a pergunta do ar pessado saiu-se muito mal...


Eu adoro estas emissões e via-me perfeitamente ali naquele papel de jornalista :)