21 de setembro de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.

De durona a amiguinha

O grande problema de Conceição Lino não é ser boa conversadora, que é. Não é ser simpática, que até pode ser. Não é ser divertida, que, juram-me os que a conhecem, é uma das suas imagens de marca. O problema de Conceição Lino é que tem de ser como a mulher de César: não basta sê-lo, é preciso parecê-lo. A primeira semana de Boa Tarde, o novo programa das tardes da SIC, sofre disso mesmo. Conceição formou-se na nossa cabeça como mulher dura, apresentadora de notícias, denunciadora de injustiças. E, de repente, ela aparece-nos como sorridente, delico-doce, galhofeira, trajando uns vestidinhos de day time, quase a querer impor-nos o seu novo estilo, do tipo "olhem-para-mim-tão-popular-tão-terra-a-terra-tão-de-trazer-por-casa".

E, no entanto, Boa Tarde não é um mau programa de televisão. Precisa de mais ritmo, precisa de tempo, é certo, mas é variado, tem assuntos interessantes, dispõe bem, apesar de ter nascido velho, sem o rasgo de originalidade que a SIC precisava e o momento aconselhava.



Os resultados da primeira semana estarão seguramente abaixo do que seriam os desejos do canal, mas estão acima do que muitos profetizavam. Os 22,8% de quota de mercado da primeira semana são superiores à média da estação e estão muito acima da média dos últimos três meses de Vida Nova.


Conceição é uma profissional empenhada. Sabe que vai precisar de rotina e de carisma, sabe que vai precisar de muitos dias a perder para a concorrência até conseguir, enfim, ganhar. Veremos o que a chegada de Fátima Lopes amanhã à TVI fará das tardes televisivas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por ser prematuro falar do programa. Acho que o post é demasiado destrutivo a isso vê-se até porque o comentador acaba por dizer que tudo dependerá do programa de Fátima Lopes...Devia ter esperado