

Actualmente líder destacado nas audiências, o Bom Dia Portugal distingue-se dos concorrentes Edição da Manhã (SIC) e Diário da Manhã (TVI), acima de tudo, pelo seu singular dinamismo. Quem sintonizar a RTP1 entre aquela hora consegue em 10/15 minutos ficar a par do trânsito, do tempo, das principais notícias, enfim, ficar informado e acordar para o mundo nesse curto espaço de tempo. Ora, isto é fulcral num bloco informativo matinal, já que a grande maioria do público que liga a televisão aquela hora são pessoas que estão prestes a sair de casa para mais um dia de trabalho, na habitual correria matinal que implica pouquíssimo tempo para ver (ou pelo menos ouvir) televisão. E assim, entre umas rápidas dentadas à torrada do pequeno-almoço ou enquanto escolhem qual a melhor camisola para vestir naquele dia, vão ouvindo o essencial da actualidade na voz da Carla Trafaria ou do João Tomé de Carvalho, por muito pouco que seja o tempo em que estejam ligadas ao canal.
Mas apesar de actualmente o Bom Dia Portugal liderar nas audiências e ser, por todas as razões invocadas anteriormente, o melhor dos três concorrentes, é notória uma espécie de retrocesso no alinhamento e no dinamismo deste bloco informativo.É de lamentar que 8 anos depois o formato tenha evoluído para um registo demasiadamente discreto em comparação com o da era Alberta Marques Fernandes, onde aí o uso racional da panóplia de meios que a RTP tinha ao seu dispor, aliado a uma criatividade e a um dinamismo soberbo, proporcionavam um despertar inovador e completíssimo ao espectador.

Na actualidade, este espaço está diferente, sendo que com algumas mudanças, os temas de outrora continuam lá.
À semelhança de muitos outros portugueses, tenho o hábito de ligar sempre a televisão quando estou em casa. E, logo pela manhã, enquanto me preparo para a escola ou trabalho, não é excepção. A minha companhia matinal é este Diário. Não sei porquê, sempre simpatizei com a estrutura do formato e com o facto de estar sempre em cima do acontecimento, algo que a concorrência também faz, mas não sei porquê, a minha escolha recai sempre na TVI.
Por lá já passaram alguns dos mais conhecidos jornalistas da TVI, na actualidade. Desde a dupla de estreia a Rita Rodrigues, não esquecendo José Carlos Araújo, Leonor Poeiras ou Susana Bento Ramos, todos tiveram sucesso.
Devo confessar que, para mim, e talvez por ser nessa altura que prestava ainda mais atenção, muito apreciava a empatia entre a dupla Rui Pedro Batista e Susana Bento Ramos. No meu entender, são uma das melhores que por lá passou. Apreciava o olhar cúmplice que apresentavam e o facto de, quando um parava de falar, o outro entrar logo no ar. Tenho pena de que tenham deixado de trabalhar juntos, pois eram um excelente exemplo de uma dupla coesa.
Outro momento que muito me reporta a
este programa está, evidentemente, relacionado com Rute Cruz. Apresentadora durante muito tempo, ao lado do agora pivô do Diário da Tarde, no TVI 24, esta jovem acabou por deixar, precocemente, o seu lugar no formato. A culpada foi uma doença e muita emoção se notou no dia seguinte à notícia da sua morte, principalmente no rosto do seu colega. A meu ver, foi esse um dos factores preponderantes para que o programa deixasse de ter uma dupla na apresentação.
Apesar de ser a minha escolha para este horário, o Diário da Manhã não é líder. Na concorrência tem o mais do que implantado Bom Dia, Portugal que vence desde o seu inicio. Percebe-se a opção dos portugueses pelo formato da RTP, no entanto, para mim, o da TVI é o mais completo e aquele que tem maior dinâmica. Pelo menos na maioria das vezes, até porque dispõe de algo que a concorrência não tem, nomeadamente o helicóptero comandado por Paulo Ferreira de Melo, que mostra sempre as melhores imagens do trânsito, e não está tão ligado ao formato bloco noticioso tradicional.
Face a estes resultados, é de louvar o facto de a estação de Queluz de Baixo nunca ter acabado com o Diário da Manhã, até porque, o programa já mostrou ser um bom “estágio” para as novas caras da estação, casos de Ana Guedes Rodrigues ou de José Carlos Araújo. Num futuro próximo, gostaria de voltar a ver uma dupla na condução do programa, até porque, penso que cria uma melhor dinâmica e poderá ser por aí que os pontos venham a ser conquistados.
Enquanto isso não acontece, há que seguir o conselho tantas vezes dado pela agora pivô do Jornal da Uma: “sorrir e ter um bom dia”, na companhia do Diário da Manhã, claro!
Iniciado um novo Frente a Frente, damos por encerrado o anterior. Neste sentido, aqui fica o resultado da sondagem que opunha as opiniões entre José Alberto de Carvalho e José Rodrigues dos Santos:
Ricardo Soler, por Diogo Santos - 39%






Nenhum comentário:
Postar um comentário