18 de agosto de 2010

Fecho


Boa noite. Hoje, em fecho, trazemos-lhe mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.


A grandeza da RTP

Agosto provou uma vez mais a grandeza de recursos da RTP e, simultaneamente, a disparidade em relação à concorrência. A estação pública conseguiu na primeira quinzena deste mês estar presente em três operações televisivas de grande envergadura, com muitas horas em directo, e mobilizadoras, cada uma per si, de uma grande quantidade de meios técnicos e humanos.

A RTP1 já estava na estrada com o Verão Total, um programa do day time feito todo ele em directo do exterior, numa viagem pelo país profundo. A isto juntou-se a Volta a Portugal em bicicleta, que ontem terminou em Lisboa e onde a estação pública voltou a apostar no modelo que lhe tem corrido bem, criado há meia dúzia de anos: programa Há Volta, em directo da cidade onde chegará a etapa, mais transmissão directa dos últimos minutos da etapa do dia da competição.

Por fim, o infeliz ressurgimento do inferno dos incêndios florestais voltou a permitir à RTP mostrar como é bom viver à grande: foi de longe a estação que, fazendo valer-se dos meios técnicos e da rede de correspondentes que possui, se conseguiu espalhar mais facilmente no mapa territorial português. Onde havia fogo, havia uma câmara da RTP.

No espaço de uma década, a estação obsoleta e pesada que era a RTP tornou-se numa empresa modernamente apetrechada e com capacidade de iniciativa. O mérito dessa transformação decisiva para o audiovisual português, operada em simultâneo com o saneamento das contas e um redimensionamento interno, tem nomes, curiosamente todos eles já fora da empresa: Almerindo Marques, Ponce Leão, Luís Marques e Nuno Santos.

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