Às 21:00, o Cine-Opinião entra em linha!
Este Campeonato do Mundo pode não ficar na história pelas grandes partidas de futebol: contam-se pelos dedos de uma mão as partidas verdadeiramente empolgantes nesta competição sul-africana. Mas, para lá dessa praga que o mundo descobriu chamada vuvuzelas, fica marcado seguramente pela qualidade das transmissões televisivas. Irrepreensíveis, na maior parte dos casos.
São muitos os ângulos de abordagem das jogadas: as câmaras-aranha, em que o espectador vê o rectângulo de jogo de cima para baixo, como se de um jogo de computador se tratasse, emprestam uma elegância ímpar ao espectáculo televisivo e tornam claros ao espectador os movimentos técnico-tácticos dos jogadores.
Por outro lado, é muita a informação adicional que é fornecida para casa: o sombreado nas situações de fora-de-jogo que, em 98%, não deixam margem para segundas interpretações; a informação da distância da baliza nos livres directos; a estatística actualizada sobre determinados jogadores e sobre o colectivo são algumas ferramentas que o Mundial da África do Sul tem sabido utilizar com mestria.
É verdade que a hora dos jogos, pelo menos para a nossa realidade, não tem permitido audiências esmagadoras, mas não é seguramente por culpa da televisão. No entanto, hoje se verá, com as audiências do Espanha-Portugal de ontem ao fim da tarde, como um jogo às 19.30 é logo outra loiça. Os operadores de televisão esfregam as mãos de contentes. Só o futebol à noite é que torna verdadeiramente rentável o investimento.
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