Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias. Às 21:00, entra em linha a Audimetria Semana.
A ficção da TVI é um rolo compressor. Já não tem a mesma força, já revela algumas debilidades de vez em quando, já não é aquele muralha intransponível, mas continua a ser uma fortaleza e um porto seguro da estação em horário nobre.
A tradição vale tanto que, entre as 21.00 e as 24.45, as novelas vão terminando e estreando encadeadas umas nas outras, sem que o espectador se pareça importar. Ou seja, a estabilidade de grelha é tão grande, o público está tão habituado ao produto, que não há grandes flutuações.
Espírito Indomável arrancou segunda-feira, com 1,2 milhões de espectadores. É verdade que foi a estreia com menos audiência dos últimos dois anos, mas o público aumentou ao segundo e ao terceiro episódios. A nova novela não tem uma história muito diferente do que já foi visto (provavelmente, não há neste campo muito a inventar, já que o conceito de uma novela centra-se sempre na mesma lógica de narrativas), mas tem algumas bastante boas interpretações. E depois tem uma realidade que é próxima dos portugueses, com referências e gostos portugueses. Nesse aspecto, está nos antípodas da nova (e excelente) história da SIC: é que Passione trata de uma realidade que diz muito aos brasileiros, mas quase nada aos portugueses: a saga dos imigrantes italianos no Brasil.
É nesse gostinho português que a TVI ainda tem muito a ganhar. E é por isso que a SIC, sabendo isso, vai continuar a apostar em histórias capazes de vincar bem esta portugalidade, independentemente do seu acordo com a Globo.
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