Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias. Às 21:00, saiba quem sai e quem fica nos Escolhidos.
Quase meio milhão de portugueses vêem diariamente o Portugal em Directo, o jornal de 
cariz mais regional da RTP. Com a chegada do Verão, o programa tende a baixar a sua audiência (todos os anos é assim), mas não deixa de ser assinalável que, ao longo das mais de cem emissões decorridas em 2010, o magazine conduzido, há vários anos, pela experiente jornalista Dina Aguiar ostente a excelente média de 27% de quota de mercado.
Ao longo de cerca de 50 minutos, a RTP1 faz verdadeiro serviço público, dando espaço de antena à sua enorme rede de correspondentes em Portugal, emprestando visibilidade às feiras, exposições, encontros e problemas de regiões do País que não chegam ao Telejornal.
Tudo sem paternalismos bacocos, sem centralismos patéticos, sem o olhar paternal de Lisboa, do tipo "coitadinhos, eles são assim, mas são tão queridos...". Nada disso. Durante aquele directo, a inauguração da Feira de Fumeiros de Vinhais tem tanta importância como o Festival da Sardinha de Setúbal ou o do Marisco em Olhão.
Na sua unidade, Portugal é plural e multidisciplinar. É isso que faz a sua riqueza. A RTP, enquanto estação de serviço público, tem obrigação de a acompanhar, de a promover, de saber interpretar essas raízes e tradições. Num espaço mediático cada vez mais formatado e normalizado, o Portugal em Directo, todos os dias, ao fim da tarde, respira portugalidade. E isso é positivo.
O programa de fim de tarde da RTP, que muitos lisboetas poderão achar desnecessário, já fez mais pela união do País do que qualquer projecto político de regionalização.
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