Para lá das 24

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Foi ela a "casamenteira" de Portugal durante um largo período de tempo. Também foi ela quem esteve à frente do programa que revolucionou a televisão portuguesa. Passou pela representação e paralelamente, já fez vários trabalhos "atrás das câmaras". É isso mesmo que está a pensar. Hoje falo-lhe de Teresa Guilherme.

A memória mais remota que tenho desta profissional vem dos tempos de "Não se Esqueça da Escova de Dentes". Era eu ainda uma criança e já os seus vistosos cabelos louros me captavam a atenção. Sempre gostei da sua forma de apresentar. Polémica, directa e perspicaz, a também produtora possuí um vasto número de sucessos.

Durante todos estes anos, houve uma ou duas situações que marcaram negativamente a minha opinião sobre ela, nomeadamente quando a vi em diversos meios de comunicação social a criticar a estação de Carnaxide, de onde havia saído à pouco tempo. O mesmo fizera noutro momento quando integrava os quadros da SIC e lançou farpas à estação de Queluz de Baixo. Sou sincero, e tais afirmações deixaram em mim uma visão desta excelente profissional enquanto pessoa ingrata.

Apesar de tudo, sei que isto não apaga o seu excelente percurso e continuo a ter uma óptima ideia sobre ela. Foi por isso que hoje decidi dedicar-lhe esta crónica.

Recentemente, Teresa Guilherme passou a ocupar a posição de entrevistadora num jornal diário. Delicio-me a ler aquilo que escreve. No meu entender, a apresentadora não faz entrevistas, cria conversas que depois traduz para o papel de uma forma simplesmente fabulosa. Espero sempre ansiosamente pelas terças-feiras de modo a poder ler mais uma.

Finalizando, penso sinceramente que as pessoas ou gostam ou não suportam Teresa Guilherme. Não existe um "meio termo". Em qual dos dois grupos eu me insiro? No dos que gostam, claramente!