Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
A avalanche informativa
O mês de Fevereiro, com a discussão do Orçamento, com o caso Mário Crespo e com a tragédia na Madeira, e estes primeiros dias de Março, com a derrocada nos Açores, com as comissões parlamentares e com as notícias sobre o violador de Telheiras, têm sido dias fortes do ponto de vida informativo. E isso reflecte-se nas audiências dos noticiários televisivos e, também, na percepção da importância dos canais informativos.
Basta olhar para os dados para que a conclusão seja óbvia: RTPN e TVI24 voltaram a desperdiçar estas avalanchas informativas para dar um novo ânimo às suas emissões. Pelo contrário, a SIC Notícias soube capitalizar bem este aumento do caudal informativo, não só sendo capaz de atrair à sua antena as personalidades mais mediáticas como reforçando a sua quota de mercado. Em Janeiro era de 1,7%, em Fevereiro saltou para 2,2 e em Março vai nos 2,3.
Ao mesmo tempo, o canal informativo da RTPN mantém-se estagnado nos 0,8%, o que adensa o mistério em redor da N. Como é possível que a empresa que faz melhor e mais diversificado trabalho ao nível da informação - a RTP - não consiga depois armar um canal informativo de qualidade e, por consequência, minimamente competitivo? Quanto à TVI24, continua a ser irrelevante. Os 0,4% de audiência que reúne são, independentemente de o canal estar agora em reconstrução por Júlio Magalhães, o reflexo de uma série de equívocos que advêm da sua génese.
Só para terminar, e para reforçar: qual foi a estação escolhida pelos três candidatos à liderança do PSD para os frente-a-frente, em vésperas do Dia D para o maior partido da oposição? Foi a SIC Notícias. Não é por acaso.
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