2 de novembro de 2009

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma rubrica de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00 não perca o Frente a Frente da semana.

O Mundo em Mudança


Não se deve tomar por absolutos os estudos de audiências. São feitos por estimativa, claro - e, para além disso, há vários tipos de consumo (TV gravada, TV via YouTube, etc.), que simplesmente não são auditados. Da mesma forma, não se deve tomar por absolutos os números de clientes apresentados por cada distribuidor. Todos os dias há gente que pirateia televisão e gente que deixa de pagar a conta - os dados existentes são, no fundo, meros indicadores. Há uma ponderação interessante a fazer entre dois números divulgados nos últimos dias. O primeiro está no relatório da Anacom relativo aos três primeiros trimestres de 2009, em que se denuncia a existência de 47 mil novos consumidores de TV por subscrição. O segundo está entre os dados da Marktest relativos ao consumo de televisão, ao longo do mês de Outubro, entre os clientes desse sector: menos 0,6% de espectadores (ou seja, cerca de 60 mil) na comparação com Setembro.

A contradição parece simples flutuação de contingência, mas é talvez mais do que isso. Na verdade, quanto mais clientes de TV por subscrição houver, menos televisão se verá. O consumidor torna-se muito mais selectivo, vendo apenas o que quer (e não a emissão em contínuo) - e recorrendo até, às vezes, a expedientes que escapam à audiometria existente. E esta não é apenas uma realidade a que os medidores terão de se adaptar: é uma realidade a que os próprios canais não poderão ficar indiferentes. Até para proteger os seus anunciantes.

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