Quim Roscas e Zeca Estacionâncio regressam ao trabalho. Ou melhor, João Paulo Rodrigues e Pedro Alves iniciaram ontem, segunda-feira, as gravações da nova temporada de "Telerural", que trará surpresas à antena da estação pública.
Como Curral de Moinas é uma aldeia, ainda que fictícia, deveras profícua em notícias, a dupla de actores prepara já a próxima fornada de edições do Telejornal mais peculiar do pequeno ecrã luso. Quem o adiantou foi João Paulo Rodrigues, mais conhecido por Quim Roscas. "Esta quarta série vai ter novidades a nível de rubricas", disse, ressalvando que "a essência do formato nunca poderá ser reinventada". E sem avançar muito mais quanto aos contornos das alterações anunciadas, deixou a promessa: "As pessoas não vão levar com mais do mesmo e podem aguardar boas surpresas".
Satisfeito com o impacto positivo que o conteúdo tem vindo a granjear, João Paulo Rodrigues congratulou-se com o facto de "Telerural" já pertencer ao imaginário colectivo dos portugueses. "Em conversa, apercebo-me que os espectadores retêm episódios na memória dos quais já nem eu me lembro", refere, apontando, sobretudo, "à qualidade dos textos", além da "empatia com Pedro", a chave mestra do êxito. E claro, à pergunta "Se o sotaque nortenho é uma componente preponderante?", respondeu: "Não é só uma componente, mas a componente que nos confere graça".
Até há cerca de um ano atrás, ambos passavam despercebidos na rua. De súbito tudo mudou. Recorde-se que a parelha se inaugurou nas lides televisivas através de "sketches" no "1,2,3", então apresentado por Teresa Guilherme, integrando depois os programas de "day-time" da RTP1, alcançando, enfim, a consagração no horário nobre. Agora perderam o anonimato. "Na primeira abordagem o público espera brincadeira e cobra simpatia. Há quem nos confunda com as personagens e já passei algumas vergonhas", contou. Aliás, não são raros aqueles que pensam que Curral de Moinas existe. Quanto a algumas apreciações que acusam o seu humor de uma ligeireza que não caberá no serviço público, João Paulo Rodrigues argumentou que os "guiões têm três níveis de piada distintos: o mais óbvio e ridículo, e os subliminares". Segundo o actor, os que tecem essas considerações "não sabem ler nas entrelinhas". E acrescentou: "Nós não escarnecemos ninguém".
Está também na calha o lançamento do DVD da primeira série do formato.
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