Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.

A boda de referência

Trinta anos depois do casamento de Carlos e Diana, o mundo voltou a "parar" para assistir pela televisão ao enlace de William e Kate em Londres. A cerimónia foi vista por milhões de espectadores em todo o planeta, centenas de milhares em Portugal, numa emissão em antena aberta, que juntou em Inglaterra RTP, SIC e TVI. Os canais portugueses enviaram para o terreno alguns dos seus melhores profissionais da informação e do entretenimento. Judite Sousa, Júlio Magalhães e Manuel Luís Goucha (TVI), Clara de Sousa e Júlia Pinheiro (SIC), João Adelino Faria, José Rodrigues dos Santos e Jorge Gabriel (RTP) envolveram-se nesta operação, o que prova a transversalidade deste assunto.

Bem sabemos que há sempre aqueles que acham que o casamento real é um assunto de revistas cor-de-rosa, é uma mundanidade sem qualquer interesse. Há muita gente que acha isso, mesmo que, sem o assumir, deitem o olho, vejam e comentem. Nesta batalha entre a informação dita séria e a informação cor-de-rosa, não deixa de ser interessante reflectir sobre o facto de terem sido os sites dos dois jornais de referência portugueses (Público e DN) a conseguirem o maior número de visualizações nas notícias sobre o casamento durante a manhã do enlace.

Há muito que digo que a sociedade, e por conseguinte a informação, não tem só as cores preto e branco. Há variações, há gradações, há terrenos de interpenetração, há públicos que se cruzam. E o que este casamento do príncipe William e Kate Middleton (um enlace de alta definição, com uma estética arrojada de transmissão, planos ousados e câmaras estrategicamente colocadas) prova é que o mundo mudou. Os velhos puritanos de sempre é que não.