Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Casamento. Lá e cá...
Antigamente, no tempo em que a RTP era operador único, as transmissões futebolísticas eram de morrer de sono. Eu e muita gente minha conhecida utilizávamos o velho truque: baixava-se o som da televisão e ligava-se a rádio. Ontem, durante a transmissão do casamento real de William e Kate, lembrei-me desse truque. Na redacção três televisões estavam ligadas na RTP1, SIC e TVI. A quarta estava na Sky News. As três primeiras davam imagem, mas sem som. A única com o som ligado era a sintonizada no canal internacional. É que quem segue este tipo de acontecimentos mediáticos, por prazer ou por missão, quer ver as pessoas, os acenos, os vestidos, as gafes, quem chega, quem se atrasa. Ou seja, quer factos, não opiniões, não graçolas, não conversa fiada.
A meio da transmissão, porém, ainda fiz zapping. Resultado? Ouvi Filipa Garnel a falar da sua revista, ouvi Judite Sousa a perguntar a Manuel Luís Goucha se ele achava que o príncipe William ia ficar incomodado com o facto de a sua mulher ser agora mais mediática do que ele. Mudei de canal. Na SIC, tive azar. Logo nos primeiros segundos, apanhei com uma sonora gargalhada de Júlia Pinheiro, em Londres. Mudei de canal. Na RTP1, mais contidos, João Adelino Faria (JAF) e José Rodrigues dos Santos faziam um pingue-pongue entre o Palácio de Buckingham e o de Queluz. Mas mesmo JAF, com a fleuma britânica que se lhe conhece, ou não tivesse ele vivido durante anos na capital inglesa, não escondeu a emoção do momento: "Fique por aí, porque daqui a pouco vamos mostrar em directo o beijo deste casal que já é por cá uma referência para a juventude. Um canal que simboliza a monarquia do século XXI."
E, pronto, baixei o som das televisões portugueses e voltei a ouvir o relato na Sky...
Um comentário:
Fico a torcer pela Joana Santos para o Globo de Revelação do Ano, Maria João Bastos como melhor actriz de cinema, Aurea como melhor intérprete individual, O amor é magico é a melhor música do ano 2010, dos expensive soul e Fábio Coentrão como melhor desportista masculino.
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