Falar Televisão

Um despacho oficial

Chegou hoje a notícia sobre o futuro dos pivôs do actual "Jornal Nacional". Com a dupla José Alberto Carvalho/Judite de Sousa a conduzir o "Jornal da 8", Pedro Pinto e José Carlos Castro perdem destaque. Segundo o Diário de Notícias, ambos passam para a condução do "Jornal da Uma", tirando o lugar a Ana Guedes Rodrigues e Pedro Carvalhas que, na prática, passarão a dar a cara pelas edições de fim-de-semana do noticiário da estação de Queluz de Baixo.

Não acabará esta aposta por descredibilizar os próprios jornalistas? Por outras palavras, já que estes não conseguem vencer o "Telejornal" e, nem sempre, o "Jornal da Noite", então mudam de posto de trabalho. Assim, será possível falar em "despromoção"? O ordenado continuará idêntico, a meu ver, contudo a sua companhia aos portugueses passa a ser outra.

Apesar de todas estas alterações serem em prol de uma estação de televisão privada, na qual o comercial diz muito dela, não será de mão tom para um jornalista ver o seu posto ocupado por outros colegas seus? "Agora vêm estes da RTP1 mudar tudo", não será este um dos pensamentos a pairar na redacção do canal da Media Capital?

Não quero ser dramático, as mudanças acontecem em toda a vida, contudo, a substituição é algo que ninguém aprecia sentir na pele. Neste sentido, gostaria de saber como encaram os jornalistas da TVI esta realidade. Será que a aceitam na totalidade ou, pelo contrário, consideram-na "superficial"?

Independentemente da resposta, a verdade é que têm de cumprir as obrigações exigidas. Contudo, pensemos bem: para que posto irão os pivôs esporádicos de fim-de-semana de Queluz de Baixo? Também irão voar?