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Em exibição nos cinemas - Sem Limites (Limitless)

Já pensou se pudesse utilizar todo o seu cérebro? Se aprendesse uma língua só de a ouvir durante a sua corrida matinal? Já pensou dominar o mercado de acções mundial? Ascender na escala de influência da noite para o dia? Tudo isto aconteceu com Eddie Morra (Bradley Cooper), um escritor fracassado e atormentado pelos seus bloqueios criativos que um dia reencontra o seu ex-cunhado e é apresentado a uma nova substância: um comprimido. uma droga ultra secreta que potencializa a actividade cerebral ao exponente máximo. A vida que outrora se tornara rotineira e enfadonha começa a ser uma espiral de acontecimentos improváveis: Eddie termina o seu livro, aprende a fórmula para o sucesso e começa a dominar círculos de influência mundiais relacionados com empresas multimilionárias. No entanto, não há realmente bela sem senão. Os efeitos que pareciam infinitos e positivos, a sensação de poder e a percepção de invencibilidade começam a desvanecer-se e Eddie vê-se inserido numa trama muito mais densa do que alguma vez pensou poder existir. O submundo e todas as nuances desta super droga são muito mais obscuras e mundiais do que pensava e a luta contra os efeitos da toma prolongada inicia-se. Com um final surpreendente, é uma longa-metragem rica em efeitos visuais que prendem, sem qualquer dúvida, o espectador. Quase que realmente sentimos o que Eddie sente e a conjugação de planos, iluminação e cores fortes principalmente nas sequências em que o protagonista se encontra sobre o efeito da droga são soberbos. Confesso que a narrativa e a profundidade em termos de história, o torna um filme leve, no entanto, o conceito é original e a abordagem divertida e surpreendente. Quanto aos actores, Bradley Cooper finalmente se distancia do que vimos no filme A Ressaca (The Hangover) e personifica o papel de forma muito profissional e apelativa. E, para o meu público feminino (aqui que ninguém nos ouve, é uma escolha de protagonista muito muito muito apelativa! Já Robert De Niro infelizmente tem uma participação diminuta, o que muito me desiludiu, estava á espera de mais. Com o papel que desempenha poderia ter tido mais destaque e uma maior profundidade. Sou fã do seu trabalho e não pude deixar de ficar nostálgica enquanto me lembrava das suas participações em Heat – Cidade sobre Pressão, Amigo Oculto (Hide and Seek) e A Dupla Face da Lei (Righteous Kill). Bem sei que são registos diferentes, mas enfim, o De Niro old school é para mim um marco! Recomendo, totalmente! Garanto-lhe que ficará a pensar no jeitão que aquele comprimido daria de vez em quando.

“I was blind but now I see. A tablet a day, and I was limitless”

Eddie Morra

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