Primeiro foi a SIC. Quinta-feira, na apresentação da operação Portugal 2011, e em resposta a uma pergunta de um jornalista, o director-geral, Luís Marques, deixou claro que, se quiserem, os Gato Fedorento têm a porta de Carnaxide aberta para repetirem agora o sucesso de Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios. "O convite ficou feito, eles deixaram de fazer TV, mas, se quiserem, podem voltar", disse, mais ou menos por estas palavras, o responsável.
Um dia depois, à margem da apresentação da operação "Portugal e o Futuro", o novo responsável pela Informação da RTP disse mais ou menos a mesma coisa. "Eles sabem que a porta está aberta. São espíritos livres e podem dar-se ao luxo de escolher", disse Nuno Santos, que, em 2006, os contratou para a programação da RTP, e dois anos depois os recebeu de presente quando se mudou para a SIC.
Até agora, Ricardo Araújo Pereira e companhia não disseram uma palavra sobre esta nova versão de Quem Quer Casar com a Carochinha. Não sei, tão-pouco, se os Gato têm em mente voltar ao activo. Para já, e há mais de um ano, mantêm o exclusivo da publicidade para a Meo: várias campanhas, intensivas, longas e desgastantes, que os fazem continuar no ar, mesmo sem lá estarem. Os quatro humoristas sabem bem a gestão de carreira que fazem. E sabem, evidentemente, as linhas com que se cosem. Estão, aliás, no seu mais legítimo direito achar que o que ganham por ser o rosto da PT, mais os extras das suas colaborações na imprensa, chegam perfeitamente para viver descansadamente e sem chatices.
Como espectador, porém, sinto falta deles. A política, sobretudo esta política de agora, bem precisava deles...
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