Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.

Tsunami Televisivo

1. Seis anos e meio depois de a palavra tsunami ter entrado no léxico diário de todos nós, com os ecos do maremoto do Sudoeste asiático de 26 de Dezembro de 2004, o mundo voltou a espantar-se e a comover-se quase em directo, com as imagens do mar a entrar pelo Japão adentro no fim-de-semana passado. O sismo nipónico e os efeitos da destruição que se seguiram são a prova da grandeza do sofrimento e do drama quando comparados aos pequenos fait-divers da política portuguesa onde vamos mergulhando. Talvez seja altura de relativizarmos tudo isto. Há males muito piores lá fora. E é bom que, de uma vez por todas, a televisão seja capaz de corresponder a essa diferenciação.

2. Bom trabalho da RTPN na cobertura da manifestação de sábado passado sobre a "geração à rasca". Habitualmente pesada, a máquina da televisão pública estava desta vez oleada. Com vários repórteres no terreno, com dinâmica e com a operação bem montada, a N mostrou que, quando quer, faz bem. A questão importante, no entanto, mantém-se: porque é que não quer sempre?

3. Fátima Lopes continua como peixe na água. O seu A Tarde É Sua, depois da difícil semana do Carnaval, com muito mais crianças em casa do que é habitual, mantém a liderança das tardes da TVI e consegue ficar à frente da concorrência. Aquele é o seu terreno, onde se sente confortável e onde é uma mais-valia para a estação.

Por falar em Fátima Lopes, convém corrigir o disparate que escrevi na última crónica. Em 2007, quando arrancaram As Tardes da Júlia na TVI, Fátima Lopes estava nas manhãs da SIC . O concorrente de Júlia Pinheiro era então o Contacto, de Nuno Graciano e Rita Ferro Rodrigues.