

Numa altura em que a ficção continua a ser uma das apostas de primeira linha das estações televisivas nacionais, a TVI estreia hoje mais um projecto nesta área. "Anjo Meu" segue o passado de "Conta-me Como Foi", série da RTP1, e promete agarrar os telespectadores aos ecrãs desde o primeiro minuto. Com uma história forte, e um elenco de luxo, a nova telenovela do canal da Media Capital anseia pelos lugares cimeiros de audiência. No entanto, depois de "Sedução" ter sido relegada para o horário das 23h00, coloca-se a seguinte questão: "E se 'Anjo Meu' seguir o mesmo caminho?".
Não pense que estou a ser pessimista, tenho perfeita noção do potencial das produções da estação de Queluz de Baixo, porém é necessário pensar em todos os possíveis destinos desta novela. Apesar de "Sedução" ser da autoria de Rui Vilhena, significando esta realidade que o seu público é diferente daquele que seguia "Doce Fugitiva" ou "Deixa Que Te Leve", penso que esta justificação não é suficiente para a baixa audiência deste projecto.
Sinceramente, duvido que "Anjo Meu" não alcance sucesso imediato na grelha de programação da TVI, mesmo sendo estreada a um domingo, o que por si é sinónimo de risco. Em fim-de-semana de futebol, a única vantagem está relacionada com o facto de o Sport Lisboa e Benfica apenas entrar em campo na segunda-feira.
Por outro lado, será que os portugueses irão impor alguma resistência à aposta no passado de "Anjo Meu"? Numa altura em que vivemos numa era de "fast-food cultural", até que ponto os telespectadores estarão dispostos a reviver os anos 80? Apesar deste ser apenas um cenário, e de a história central ser apelativa, com assuntos de política, amor e emigração, é necessário colocar esta questão.
Não pense que estou a ser pessimista, tenho perfeita noção do potencial das produções da estação de Queluz de Baixo, porém é necessário pensar em todos os possíveis destinos desta novela. Apesar de "Sedução" ser da autoria de Rui Vilhena, significando esta realidade que o seu público é diferente daquele que seguia "Doce Fugitiva" ou "Deixa Que Te Leve", penso que esta justificação não é suficiente para a baixa audiência deste projecto.
Sinceramente, duvido que "Anjo Meu" não alcance sucesso imediato na grelha de programação da TVI, mesmo sendo estreada a um domingo, o que por si é sinónimo de risco. Em fim-de-semana de futebol, a única vantagem está relacionada com o facto de o Sport Lisboa e Benfica apenas entrar em campo na segunda-feira.
Por outro lado, será que os portugueses irão impor alguma resistência à aposta no passado de "Anjo Meu"? Numa altura em que vivemos numa era de "fast-food cultural", até que ponto os telespectadores estarão dispostos a reviver os anos 80? Apesar deste ser apenas um cenário, e de a história central ser apelativa, com assuntos de política, amor e emigração, é necessário colocar esta questão.

Para além dela, poderia referenciar muitos actores, tais como João Reis, um conservador de primeira, Pedro Teixeira e Sara Matos, que irão viver um amor que de certo apaixonará os telespectadores da TVI, Paulo Pires, Luís Gaspar ou Manuela Couto.
Assim, e ao ler não só o enredo deste "Anjo Meu" como a história da maioria das personagens, só tenho a dizer que a estação de Queluz de Baixo se prepara para lançar um novo sucesso na ficção. Os ingredientes estão lá e, em princípio, os telespectadores também. Não vou referir a concorrência, pois esta nova novela irá concorrer com uma reportagem e uma série que, por mais interesse que tenham, não deverão conseguir chamar a atenção dos portugueses habituados a não perder a estreia de um novo projecto de ficção. É a realidade do nosso país, e a ela ninguém pode fugir, nem mesmo as estações de televisão.

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