31 de janeiro de 2011

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Noticias.


Votações populares

1 A suprema ironia da votação online destinada a escolher os 12 temas finalistas do Festival RTP da Canção é que os internautas não eram sequer confrontados com as canções completas, mas com apenas um minuto e 30 segundos de cada uma. Integridade artística? Era o que faltava. Polimento geral da obra? Nem sequer isso. A pergunta essencial era: "Isto fica-lhe no ouvido ou não?" Ou, em alternativa: "Não prefere armar um pouco de confusão no Festival?" Ganhou a confusão: os Homens da Luta lá estarão, com o seu megafone e o estatuto de cabeças de cartaz. Ainda não chega de votações populares?


2 Vale a pena ter em atenção o Íris, novo serviço da Zon. Para além da oferta de triple play em fibra, com todas as vantagens que resultam de tal combinação, estão em causa uma série de outros serviços que, até aqui, constituíam sobretudo cartões de visita do Meo. O acesso ao YouTube e a possibilidade de controlar a set-top-box via smartphone ou tablet PC ficam para breve. Tem a palavra a PT.


3 À hora a que escrevo este texto, o Meo preparava-se para emitir em directo, e em tecnologia 3D, um concerto dos Deolinda no Coliseu dos Recreios. A experiência anterior fora com Pedro Abrunhosa, em Novembro. Só é pena que tenhamos de esperar tanto tempo entre transmissões.


4 O Incrível Hulk, Powers e Jessica Jones deverão passar a contar, até ao final de 2011, com versões televisivas actualizadas e destinadas ao "público jovem adulto". Depois do cinema, também a televisão parece disposta a ceder de vez à macacada. Os "especialistas" hão-de chamar-lhe "ficção crossover". Eu chamo-lhe infantilização definitiva do público adulto. É que já não há paciência.

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