28 de novembro de 2010

O Protagonista

Boa noite. A Protagonista desta semana é...


A semana que passou foi marcante para a televisão portuguesa. Se no dia 23 de Novembro, Portugal acordou com o primeiro Emmy de uma novela Lusa, Meu Amor, na madrugada deste domingo começou a ser difundida a informação que, desde a saída de Manuela Moura Guedes da TVI, era dada praticamente como certa. A mulher de José Eduardo Moniz já faz parte da equipa de Carnaxide, e em meados de Fevereiro do próximo ano irá começar a conduzir um programa de informação.

Que efeitos terá esta nova contratação numa das principais áreas do terceiro canal? Conseguirá o lado "sensacionalista" de Manuela Moura Guedes integrar-se numa equipa que procura salientar-se pela sua imparcialidade e valor de justiça? Não sei. No entanto, considero esta aquisição uma "lufada de ar fresco" para a SIC, uma nova luz para a estação que pretende unir os portugueses.
Questiono-me, apesar deste facto, na opinião que os jornalistas mais antigos do canal de Pinto Balsemão poderão ter sobre a sua nova colega. Estarão de acordo? Conseguirão dar o benefício da dúvida a uma profissional que muita polémica gerou este ano?


Sairá a informação da SIC lesada com Manuela Moura Guedes? Que visão terão os telespectadores do canal sobre esta contratação? E os políticos, ficarão agradados com o regresso da mulher de José Eduardo Moniz aos ecrãs nacionais?

Segundo o Diário de Notícias, a jornalista irá dar a cara por um programa semanal, em parte semelhante com a "Noite de Má Língua", com convidados em estúdio. Esta nova aposta de Carnaxide será produzida bem ao estilo de Manuela Moura Guedes, num misto de informação e entretenimento. Desta forma, estará a SIC a querer incluir a jornalista numa outra área de conteúdos televisivos, já extinta há alguns anos? Pensaremos nós que os responsáveis pela estação estarão a arriscar de mais a imagem da informação do canal, quando a ideia é lançar um programa de infoteinment?

Na minha opinião, esta contratação não foi tomada de ânimo leve. Muitas reuniões devem ter sido marcadas, e muitos números discutidos. Não apenas ao nível monetário. As audiências devem ter sido um dos principais aspectos a ter em conta pois, afinal, são elas que movem a publicidade. Numa altura em que a crise afecta cada vez mais os meios de comunicação social, o que pesará mais: a credibilidade ou um rosto polémico? Fica a questão no ar.

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