Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
O chamado "jornalismo desportivo" é, desde sempre, um jornalismo de segunda. É triste, mas é verdade. É dessa forma que muitos jornalistas ditos de primeira olham para os homens e mulheres que todos os dias acompanham treinos de futebol, vão a conferências de imprensa, consultam fontes para saber de transferências ou narram jogos de futebol. Como dentro de cada um de nós há um treinador em potência, acreditamos que aquilo que os "jornalistas de desporto" fazem qualquer um faz. É uma visão redutora e, está bom de ver, errada. Sei do que falo: há 20 anos iniciei a minha carreira como "jornalista desportivo" na rádio, na imprensa e até, mais tarde, numa curta mas interessante experiência na televisão. O chamado "jornalismo desportivo" tem, frequentemente, muitos defeitos (parcialidade, facilitismo, ligeireza), mas nenhum deles se pode dizer que seja exclusivo de quem faz desporto. Só que o futebol é um campo irracional de paixões acicatadas que tornam essas fragilidades jornalísticas mais visíveis. Mas, sejamos claros, há excelente "jornalismo desportivo" na imprensa, na rádio ou na televisão. O especial José Mourinho: o Melhor Treinador do Mundo, que a SIC exibiu quinta-feira à noite, é um desses exemplos. Durante mais de 60 minutos, Nuno Luz, jornalista experimentado mas tantas vezes olhado de soslaio pelos próprios companheiros de ofício, passa em revista o currículo invejável do treinador português que orienta o Real Madrid. E fá-lo da melhor forma possível, capaz de prender os espectadores (e foram 1,2 milhões...) ao pequeno ecrã. Uma teia bem urdida com vários excelentes depoimentos, um texto competente, uma montagem ágil. Numa palavra, parabéns!
Fez-se luz na televisão
O chamado "jornalismo desportivo" é, desde sempre, um jornalismo de segunda. É triste, mas é verdade. É dessa forma que muitos jornalistas ditos de primeira olham para os homens e mulheres que todos os dias acompanham treinos de futebol, vão a conferências de imprensa, consultam fontes para saber de transferências ou narram jogos de futebol. Como dentro de cada um de nós há um treinador em potência, acreditamos que aquilo que os "jornalistas de desporto" fazem qualquer um faz. É uma visão redutora e, está bom de ver, errada. Sei do que falo: há 20 anos iniciei a minha carreira como "jornalista desportivo" na rádio, na imprensa e até, mais tarde, numa curta mas interessante experiência na televisão. O chamado "jornalismo desportivo" tem, frequentemente, muitos defeitos (parcialidade, facilitismo, ligeireza), mas nenhum deles se pode dizer que seja exclusivo de quem faz desporto. Só que o futebol é um campo irracional de paixões acicatadas que tornam essas fragilidades jornalísticas mais visíveis. Mas, sejamos claros, há excelente "jornalismo desportivo" na imprensa, na rádio ou na televisão. O especial José Mourinho: o Melhor Treinador do Mundo, que a SIC exibiu quinta-feira à noite, é um desses exemplos. Durante mais de 60 minutos, Nuno Luz, jornalista experimentado mas tantas vezes olhado de soslaio pelos próprios companheiros de ofício, passa em revista o currículo invejável do treinador português que orienta o Real Madrid. E fá-lo da melhor forma possível, capaz de prender os espectadores (e foram 1,2 milhões...) ao pequeno ecrã. Uma teia bem urdida com vários excelentes depoimentos, um texto competente, uma montagem ágil. Numa palavra, parabéns!
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