17 de novembro de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.

Modas e euforias

1. Ouço falar de Tecnologia da Comida, a nova série de documental do Canal de História, e já nem sei o que mais pensar. Filmes e livros, revistas e séries de televisão: toda a gente parece ter descoberto a culinária ao mesmo tempo - e é tal o frenesim que já não há uma só abordagem por fazer aos diferentes fenómenos da alimentação. A certa altura, nem sequer apetece simplesmente cobiçar a Nigella ou o Chakal: assiste-se a um programa e já só se vê a comida mesmo, contrariando toda a lógica do programa.

2. Excelente notícia, o regresso de Conta-Me como Foi à RTP1. Independentemente das flutuações do guião, da realização e das próprias interpretações, as aventuras da família Lopes e a forma como estas são capazes de reconstituir um tempo e o seu estado de espírito permanecem, de longe, a melhor coisa que a ficção nacional produziu em décadas.

3. Boa notícia, também, o regresso de Conan O'Brien à SIC Radical, desta vez com o seu programa da TBS. Ainda por cima agora com o élan adicional do despedimento por parte de uma grande cadeia. Mais SIC Radical do que isto era difícil.

4. A nomeação de Julian Assange para o prémio "Pessoa do Ano", instituído pela revista Time, é pouco menos do que uma humilhação para o jornalismo tradicional. Disse há semanas o fundador do site WikiLeaks: "Tendo em conta o estado do jornalismo, acho até ofensivo que me chamem jornalista." Toda a razão: Assange não é um jornalista tradicional, não se move pelas motivações de um jornalista tradicional e não cumpre as regras do jornalismo tradicional. E, porém, a principal notícia do ano foi dele. Quem é que precisa de repensar a sua relação com o tempo em que vive, afinal?


Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente notícia, o regresso de Conta-Me como Foi à RTP1. Independentemente das flutuações do guião, da realização e das próprias interpretações, as aventuras da família Lopes e a forma como estas são capazes de reconstituir um tempo e o seu estado de espírito permanecem, de longe, a melhor coisa que a ficção nacional produziu em décadas.



Não podia estar mais de acordo!
Uma serie fora de serie...
Ainda bem que esta serie passa na RTP1.
Se passa-se na Sic ou na Tvi já a tinham cancelado!
Pena ser a ultima temporada!
É bom saber que há pessoas que dao valor a este tipo de programas!