Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Marcelo Rebelo de Sousa quis ser presidente da Câmara de Lisboa, mas a única coisa que conseguiu foi dar um mergulho no Tejo em 1989. Marcelo quis ser primeiro- -ministro, mas Paulo Portas 'tramou' a sua AD em 1999. Há muito que se diz que Marcelo gostava de ser Pre- sidente da República. Já houve tempo em que o professor jurava que não, "nem que Cristo descesse à Terra". Na impossibilidade de ter caminho livre para Belém, Mar- celo volta a adiar o sonho. Mas não deixou de anunciar, em primeira mão, o fim do novo tabu de Cavaco Silva. Ontem, às 20.15, na sala e à hora que o comentador revelou há 15 dias, Cavaco lá estava a anunciar o seu "bis" à Presidência, cumprindo a tradição civil em Portugal. Em tempos conturbados e de elevada temperatura política, o peso e a importância dos comentadores é cada vez mais evidente. Nenhum é co- mo Marcelo - nem no rasgo, nem no brilhantismo, nem na atenção mediática que concentra sobre si -, mas to- dos procuram dar mais substância à informação dos canais que representam. Com a TVI a lançar Carrilho e San- tana Lopes, a estação da Prisa torna-se a que maior peso dá à política. Esse é, aliás, uma das características particulares da informação televisiva portuguesa. Não conheço qualquer outro país onde a informação político-partidária tenha tanta relevância como em Portugal. A duração média dos telejornais portugueses, que varia entre 60 e 90 minutos, com intervalo, é maior do que em todos os outros países desenvolvidos. Acontece, porém, que, a crer no que dizem as audiências, os portugueses não acham isso um facto anormal. Os programas informativos continuam a registar audiências muito relevantes. Nem por isso somos mais bem informados, mas essa é outra conversa...
A "cacha" de Marcelo
Marcelo Rebelo de Sousa quis ser presidente da Câmara de Lisboa, mas a única coisa que conseguiu foi dar um mergulho no Tejo em 1989. Marcelo quis ser primeiro- -ministro, mas Paulo Portas 'tramou' a sua AD em 1999. Há muito que se diz que Marcelo gostava de ser Pre- sidente da República. Já houve tempo em que o professor jurava que não, "nem que Cristo descesse à Terra". Na impossibilidade de ter caminho livre para Belém, Mar- celo volta a adiar o sonho. Mas não deixou de anunciar, em primeira mão, o fim do novo tabu de Cavaco Silva. Ontem, às 20.15, na sala e à hora que o comentador revelou há 15 dias, Cavaco lá estava a anunciar o seu "bis" à Presidência, cumprindo a tradição civil em Portugal. Em tempos conturbados e de elevada temperatura política, o peso e a importância dos comentadores é cada vez mais evidente. Nenhum é co- mo Marcelo - nem no rasgo, nem no brilhantismo, nem na atenção mediática que concentra sobre si -, mas to- dos procuram dar mais substância à informação dos canais que representam. Com a TVI a lançar Carrilho e San- tana Lopes, a estação da Prisa torna-se a que maior peso dá à política. Esse é, aliás, uma das características particulares da informação televisiva portuguesa. Não conheço qualquer outro país onde a informação político-partidária tenha tanta relevância como em Portugal. A duração média dos telejornais portugueses, que varia entre 60 e 90 minutos, com intervalo, é maior do que em todos os outros países desenvolvidos. Acontece, porém, que, a crer no que dizem as audiências, os portugueses não acham isso um facto anormal. Os programas informativos continuam a registar audiências muito relevantes. Nem por isso somos mais bem informados, mas essa é outra conversa...
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