O Protagonista

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Foi no dia 4 de Julho que Fátima Lopes foi destacada nesta rubrica. Na altura, a apresentadora tinha comunicado a sua saída da SIC há um dia. Hoje, e passado mais de dois meses, a chamada "senhora das manhãs", é oficialmente da TVI. Segundo ela, é lá que já se sente feliz.

Na última quarta-feira, 15 de Setembro, Fátima Lopes, assemelhando-se a uma autêntica caloira, foi praxada pela estação de Queluz de Baixo e, mais concretamente, pela madrinha Júlia Pinheiro. Radiante, a nova contratação do canal da Media Capital demonstrou estar à altura das expectativas que nela estavam, e continuam a estar, depositadas.

Fátima Lopes espera crescer, progredir na sua carreira. Desafiar-se a si mesma, tal como explicou nas Tardes da Júlia desta sexta-feira. De facto, e por mais estranho que me possa parecer sintonizar o canal quatro, e parecer que Fátima Lopes esteja no canal errado, tenho de concordar com esta escolha para a sua carreira.

Pergunto eu: o que é que a apresentadora fez nos últimos anos para além de apresentador talk-shows, sempre com o mesmo fio condutor? Diga-me um projecto continuado pelo qual Fátima Lopes tenha dado a cara, e que tenha diferido das histórias tristes, dos dramas do costume, os das homenagens a grandes artistas? Por este motivo, Agora É Que Conta pode ser um refresh na sua carreira. A apresentadora só tem de agradecer a quem se lembrou de si na TVI. Talvez a André Cerqueira mas, e principalmente, a Júlia Pinheiro, que muito se tem esforçado para que Fátima Lopes se integre no canal da Media Capital e para que crie empatia com os telespectadores da estação.

Não nego que esta aposta possa sair furada, que o novo programa de Queluz de Baixo, que promete pagar contas e mais contas, seja arriscado e que a própria Fátima Lopes possa sair mal vista desta rentrée. No entanto, "quem não arrisca não petisca".

Apesar de existir uma Conceição Lino a adaptar-se a dar uma Boa Tarde aos portugueses, e um João Baião e uma Tânia Ribas de Oliveira prestes a colocarem Portugal no Coração, a concorrência das 17:00 não é assim tão forte. Talvez renhida, mas não forte.

Portante, o sucesso de Fátima Lopes não é assim tão difícil. A questão principal centra-se no foro do programa, que assenta em ajudar os portugueses, depois de estes contarem histórias pouco comuns. Será que Agora É Que Conta vai contar com os telespectadores daqui a um mês? Será que os telespectadores vão acompanhar o novo programa de Fátima Lopes? Ou passará o programa por uma espécie de Quem Quer Ganha - "não aquece, nem arrefece".

É necessário que isso não aconteça. Se Agora É Que Conta passar indiferente aos portugueses algum tempo após a sua estreia, André Cerqueira, Júlia Pinheiro e Fátima Lopes estarão em apuros.

Entre os melhores, a nova apresentadora de Queluz de Baixo não pode falhar, nem ver o seu programa falar. Porquê? Porque o provérbio "o último a rir, é o que ri melhor", vai dar jeito à SIC. Esperemos então que "feitiço não se vire contra o feiticeiro".

Da minha parte, só tenho uma coisa a desejar a Fátima Lopes: boa sorte!