Depois de terminadas as gravações de Meu amor, é tempo de férias para muitos dos seus actores. Um deles é o intérprete de Leonardo, que, em conversa com a Nova Gente desta semana fala um pouco sobre a sua vida pessoal e revela alguns pormenores sobre uma recente investida do canal de Carnaxide.
Tudo aconteceu ainda durante a “era Moniz”, tal como António Pedro Cerdeira confessa: “Já tinha contrato com a SIC e ia assinar. Depois, tive uma conversa com o Moniz, expliquei-lhe a minha insatisfação – e não tinha que ver com dinheiro, porque fiquei a ganhar menos do que se tivesse ido para a SIC, mas com o facto de, por vezes, sentir-me mais sozinho ou não tão acompanhado. Algumas coisas mudaram, eu fiquei e foi bom”.
No entanto, na actualidade, o actor já não conta com José Eduardo Moniz na estação onde trabalha, e recentemente, também Gabriela Sobral deixou a TVI. Sobre isso, afirmou: “Todos nós tivemos muita pena. Tinhamos muito carinho da parte do Moniz, um grande apoio, ele era muito disponível, assim como a Gaby. Mas é o mercado. A SIC está a voltar a apostar na ficção e a chamar actores. Inclusivamente, convidaram-me. Em termos práticos, não notámos a saída deles, porque o trabalho desenrola-se da mesma forma, e temos o André (Cerqueira) muito presente, mas isso sempre tivemos”.
Televisão à parte, até porque agora o interprete de Leonardo pretende dedicar-se ao teatro e “fazer agora uma pausa durante algum tempo”. Na referida entrevista, ainda houve tempo de comentar a nova geração de actores.
Questionado sobre se actualmente “temos bons actores”, António Pedro Cerdeira foi peremptório: “Sinceramente, não acho. A maior parte são pessoas que vêm para este meio por razões contrárias. Vê-se pessoas que fazem delas próprias, e mal, convencidas que são supra-sumos, as Laurence Olivier e já com uma postura que me irrita particularmente. Isto tem de se trabalhar muito, não é só aparecer nas festas, revistas e fazer presenças em bares. Esse é o lado mais vazio”, confessou.
Quiosque: Nova Gente
Um comentário:
O ultimo parágrafo é de quem merece o meu aplauso.
Bem dito. Sem papas na língua, directo.
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