Às 21:00, a Audimetria Semanal entra em linha.
A SIC enganou-se nas previsões. Acreditou que a moda fresca dos saltos para a piscina, que tão boa conta de si tinha dado no ano passado, podia voltar a fazer furor este Verão. Sobrevalorizou o seu produto, como se de um programa de culto se tratasse. "Vem aí o programa mais fresco do Verão", anunciou a estação semanas antes da estreia de Salve-se Quem Puder. A própria linguagem utilizada na emissão por Marco Horácio e Diana Chaves mudou, transformando o público jovem em destino-alvo. "Toca a ir lavar os dentes, façam tudo o que os vossos pais mandarem. Até amanhã pequenada", dizem os apresentadores no final do concurso. A intenção era óbvia: sendo um programa de culto entre a pequenada, ele contagiaria os pais também.
A história não é, afinal, bem assim. Salve-se Quem Puder está, em 2010, muito abaixo do que foi em 2009. Não só não conquista tantos espectadores como no ano passado, como não consegue o efeito bola de neve que conseguia. A culpa não é só do formato, claro: a SIC tem hoje globalmente mais dificuldades de penetração do que tinha há um ano. Coisa que o Ídolos em Setembro pode voltar a alterar, ainda que, segundo creio, com menor impacto que a última edição. Mas voltando ao concurso das paredes, vejamos os números. A média das 50 emissões já exibidas aponta para 7,1% de audiência, ou seja, 667 mil espectadores. Exactamente menos 200 mil do que, nesta altura do campeonato, há um ano, o programa conseguia (871 mil no mesmo momento do mês). Mesmo do ponto de vista competitivo, o programa baixou: 21,2% agora, 25,9 em 2009.
Os miúdos continuam a ser os mais entusiastas, é verdade. Mas são menos. Muito menos.
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