9 de julho de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00, saiba qual o vencedor da segunda temporada de Os Escolhidos.
Aproveita ainda este Fecho para informar que para a semana estreará a nova rubrica do Televisão-Opinião.

O primeiro semestre

Os dados de audiências do primeiro semestre do ano revelam conclusões interessantes e vários avisos à navegação, incapazes de ser percebidos na voragem dos dias que correm, sobretudo na análise simplista feita genericamente na imprensa.


O primeiro sinal é mais um passo na mudança de paradigma na televisão que temos: o espectador caminha a passos largos para deixar de ser um receptor passivo que consome tudo o que lhe dão. Emerge a figura do espectador esclarecido, que sabe o que quer ver, que escolhe, que segmenta e que, no limite, paga para ver os conteúdos que lhe dizem respeito.


Ao longo dos primeiros seis meses do ano, houve menos de 15 600 portugueses a ver televisão. Na sua maioria, gente que via te- levisão generalista. Até porque no mesmo período temporal, os canais de cabo, no seu total, receberam mais de 23 mil espectadores do que no ano passado.


Estes dados merecem reflexão. Aqui, naturalmente, mas seguramente nos gabinetes dos executivos, dos programadores, dos investidores. É que eles não reflectem apenas uma tendência de consumo. São também pistas de negócio. É que, ainda de acordo com os mesmos dados, compilados com base na análise diária da Marktest, o horário nobre (entre as 20.00 e as 24.00) foi o horário mais penalizador para a televisão generalista. O prime time não é só o momento em que maior número de pessoas está frente ao ecrã. É também, e por via disso, o momento em que maior número de empresas investe dinheiro em publicidade. O perigo é real, portanto.


E qual foi o canal generalista mais penalizado neste semestre? Cuidado na resposta, porque nem tudo o que parece é. Como verá amanhã.

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