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De ouro?
Pela primeira vez, este ano, não vi os Globos de Ouro com olhos de ver. Ao longo da sua história, vi sempre. Ou ao vivo, no local, ou confortavelmente em casa. Houve anos em que achei uma seca, outros em que gostei do espectáculo. Enfim, é como tudo na vida.
Este ano, porém, estava em viagem. Quando cheguei a casa, Maria Rueff e Ana Bola estavam no palco a receber um globo improvisado, que lhes era entregue pelo "segurança" Nuno Santos. Eram, enfim, os últimos 30 minutos de programa, tendo dado ainda para ver Manoel de Oliveira falar da juventude dos seus 101 anos e a consagração da excelência da carreira de Artur Agostinho.
Ainda tive tempo para ver uma patética ronda de entrevistas finais, em que as duas primeiras repórteres, quando foram chamadas a entrar em directo, foram obrigadas a dizer "ainda não tenho ninguém ao meu lado". Como? Não tem ninguém ao lado? Então porque entrou em directo? Não há controlo, não há preparação? Não, pelos vistos não há. À terceira repórter, a SIC lá conseguiu ter alguém famoso. Quem? Fernanda Dias, directora da Caras, organizadora do evento. Quem? Fernanda Dias. Ora bolas! Eu até sou amigo da Fernanda, mas, convenhamos, ela não é, não pode ser!, a primeira figura que a SIC entrevista no final de uma gala glamorosa. À quarta tentativa, voilà!, apareceu António Costa, presidente da Câmara de Lisboa.
Ao que me dizem, a gala foi interessante, com períodos bons do ponto de vista televisivo. As audiências é que foram boas: a SIC liderou o dia e o horário nobre. Os Globos chegaram aos 42,4% de share. A melhor marca desde, pelo menos, 2006.
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