Boa noite. Hoje em Fecho mais uma crónica de autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.
Às 21h00 ligue-se a nós, para o Cine-Opinião desta semana.
Para além do Papa
1. Dois meses e meio depois do fim de As Escolhas de Marcelo, Marcelo Rebelo de Sousa continua sem programa. Para os telespectadores, é uma perda: com o Papa em Portugal, o Mundial no horizonte, Passos Coelho ganhando bareme e os mercados bolsistas a brincar às montanhas-russas, seria interessante contar com os seus esforços para descodificar, situar e estimular. A questão é se, sabendo o que sabe hoje, Marcelo teria rejeitado o convite da RTP para permanecer segundo "outro modelo". E, aliás, se esta reaproximação à estação pública, via Prós e Contras, não significa que já se cansou de esperar pelo convite da TVI.
2. É difícil, para quem está de fora, perceber o discurso de Zeinal Bava. Diz o presidente da Portugal Telecom que o Meo está a pagar mais do que a Zon pelos conteúdos SportTV e, entretanto, desafia a uma intervenção do regulador para acabar com aquilo a que chama "comportamento irracional". Por outro lado, ele próprio alimentou, com a exclusividade do Canal Benfica, a instalação de um clima de concorrência que acabou por prejudicá-lo e que, aliás, prejudicou o telespectador. Para quê, agora, mudar as regras a meio do jogo?
3. O reforço dos conteúdos do canal Q, incluindo Inimigo Público (Joana Cruz), Caça ao Cómico (Rui Unas) e Melancómico (Nuno Costa Santos), é mais uma boa notícia para o desenvolvimento da IPTV em Portugal. O Q não mudou a televisão portuguesa - e, se a mudar, será apenas sensivelmente. Mas quando se fizer a história dos passos que deu em direcção à modernidade, o seu nome não será esquecido.
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