Muito boa noite. Seja bem-vindo ao Frente a Frente desta semana. O duelo desta noite ocorre entre Ana Bola e Maria Rueff.
Quem é que não conhece Ana Bola? Tendo estreado-se no teatro, com a peça 1926 Noves Fora Nada, venceu em 1977 o Festival da Canção com Os Amigos, banda que formou com Paulo de Carvalho, Luísa Basto, Fernando Tordo, Eduardo Silva e Fernando Piçarra. A sua partipação neste concurso não se ficou por aqui uma vez que, em 1981, fez parte dos coros da mítica música de Carlos Paião, Playback. A vitória do cantor levou-a a Irlanda, onde ocorreu nesse ano o Festival da Eurovisão da Canção.
A actriz popularizou-se igualmente nos ecrãs. O Fungagá da Bicharada (1976) o Passeio dos Alegres (1981), contaram com a sua partipação, assim como algumas sitcoms que a própia escreveu: A Mulher do Sr. Ministro (1994).
A maioria das pessoas conhece-a pela sua amizade a Herman José, e pelo facto de durante muito tempo ter trabalhado com ele. Quem não se lembra dela em Humor de Perdição, Casino Royale, Pensão Estrelinha, Parabéns e Herman SIC?
Nos últimos tempos, assinou peças teatrais, tais como Avalanche, em 2006, e Celadon, em 2005.
Não se pense que Ana Bola não teve um papel importante na rádio. Muito pelo contrário! A actriz colaborou na rádio TSF, com Maria Rueff a seu lado, com uma rubrica semanal chamada Cromos.
Foi daqui que se adaptou a ideia de VIP Manicure, que há pouco tempo passou na SIC. Tendo sido uma das primeiras apostas de Nuno Santos, a estreia obteve 12,1% de rating e 29,7% de share. Depois do primeiro episódio, os resultados foram baixando, mas ainda assim eram considerados aceitáveis. Nuno Santos não achou isso, e decidiu não colocar no ar os últimos episódios desta série humorística, que já está à venda no mercado.
Actualmente, e também com Maria Rueff colabora no programa matinal da estação de Carnaxide, Companhia das Manhãs, com a rubrica Calúnia Social.
É uma pena Ana Bola não ser mais utilizada pelo canal. Ela é divertida, bonita, com uma mente super jovem, e com uma vontade de fazer rir os portugueses enorme. A estação de Carnaxide poderia já ter pegado nela e ter-lhe dado um papel com mais brilho na estação. Apesar de o ter feito no final do ano passado, isso não chegou.
Com um contrato de exclusividade para cumprir, torna-se triste para qualquer actor que goste verdadeiramente de representar, receber dinheiro sem dar trabalho em troca. Ana Bola já confessou isso, e tem toda a razão.
Mesmo esta oportunidade que lhe deram no Companhia das Manhãs, não chega! No mínimo, a Calúnia Social deveria ter duas emissões: uma à segunda-feira, e a outra à sexta-feira.
Seria não só uma mais valia para a SIC, como para os espectaodores, pois o trabalho de Ana Bola, quer como actriz, quer como autora de textos humorísticos é excelente! Ela é magnífica!
Não tenho dúvidas de que muito do seu êxito se deve ao “rei do humor” português, o grande Herman José. Se olharmos com atenção para o seu curriculum vitae grande parte dos programas em que participou têm a assinatura do conceituado humorista. Desde Herman Zap que Maria Rueff integra o elenco das suas produções, ou seja, há mais de uma década.
Todo este notável percurso explica o enorme sucesso que esta actriz fez, faz e certamente fará entre o público português. É claro que o merece, afinal de contas é uma das pessoas que mais nos diverte, e que mais talento tem. Considero-a até como “ a humorista”.
Normalmente o universo do humor é associado aos homens, todavia, tanto a companheira de Bruno Nogueira, como Ana Bola ou Maria Vieira são provas dadas de que no difícil campeonato de fazer rir, também há espaço para as senhoras. Muitas delas são, inclusivamente, “superiores” a alguns homens.
Perante tudo isto, apetece-me dizer: Maria Rueff é um daqueles casos em que o talento não é, definitivamente, proporcional à altura.
Sou, efectivamente um grande apreciador do seu trabalho e só tenho pena de que nos últimos tempos poucas tenham sido as vezes que surgiu no pequeno ecrã. Penso, sinceramente que teria todas as capacidades para voltar a ter um programa seu, em que a boa disposição predominasse. Acho que faz falta ao público português. Porque não juntar as três senhoras do humor português, Maria Rueff, Ana Bola e Maria Vieira, e deixá-las dar largas à imaginação? Talvez a ideia se tornasse num sucesso!
Iniciado um novo Frente a Frente, damos por encerrado o anterior. Neste sentido, aqui fica o resultado da enquete que opunha as opiniões Alinne Moraias/Fernanda Vasconcellos:
Alinne Morais, por Tiago Henriques - 86%
Fernanda Vasconcellos, por Diogo Santos - 14%
6 comentários:
Acho este Frente a Frente, sem nexo. Uma completa-se à outra. Sozinhas não valem nem mais nem menos.
O segredo é a dupla.
Sim, completam-se.
Mas se eu te perguntar qual delas gostas mais, então vais ter de certeza uma resposta.
Pelo menos, eu gosto mais da Ana Bola, apesar de a Maria Rueff ser também uma excelente actriz.
Cumprimentos.
Foram vários os programas em que não trabalharam juntas. E o facto de se complementarem não quer dizer que não se possam "defrontar" aqui. Até porque o que está em jogo é a opinião e não a pessoa em questão ;)
Pois... têm razão...Mas, a meu ver, sozinhas nenhuma é melhor que a outra. Bem, mas que esta rubrica continue, pois eu considero-a a melhor rubrica do blog (tal como a Revista de Imprensa).
Cada vez são mais profissionais. Parabéns ;)
Obrigado Miguel! Para a semana há mais, já sabes ;) xD
E amanhã a Revista de Imprensa é imperdível :P
Humm.. Isso promete XD
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