17 de abril de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.


Expectativas


Tenho alguma expectativa para este fim-de-semana, com a estreia de dois talk shows no late night da RTP1. A principal curiosidade diz respeito ao dia de hoje, com o regresso de Herman José à televisão pública. Bem, convenhamos, não é pelo lote de convidados para o primeiro programa: Pedro Abrunhosa, Joana Vasconcelos e Joe Berardo, independentemente dos seus méritos profissionais, não me parecem escolhas suficiente atraentes para me fazerem ficar em casa hoje à noite. Mas nada que uma box digital não resolva.

Herman é um bom conversador, embora tenha de moderar os desejos de ser, sempre ele, o centro das atenções. Herman tem de perceber, de uma vez por todas, que ele não é o centro da festa. E, mesmo que seja, tem de parecer que gosta de dividir o protagonismo e as luzes do palco.
Depois, de Herman espera-se sempre tudo: o génio criativo das suas personagens, o improviso que nos faz rir minutos sem fim, o toque de classe num comediante todo o terreno. Se, como prometeu, for capaz de construir um programa de conversas saboroso e se tiver aprendido com os erros do passado recente, já terá valido a pena o seu regresso à televisão.


Já de Bruno Nogueira, amanhã à noite no mesmo canal, espero muito. Mais. Sem saber, no entanto, o que esperar. Se uma conversa séria salpicada de humor ou uma conversa de humor salpicada de registo sério. Bruno Nogueira é um artista completo. Plástico, no bom sentido. Que sabe aproveitar o corpo para fazer humor: a sua altura, a magreza, o nariz. E começar com Ricardo Araújo, como foi noticiado (embora sem confirmação oficial), só podia ser começar à frente.

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