22 de março de 2010

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheiro, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00, não perca o Frente a Frente desta semana.

O horário conta

Lembram-se da reacção de Simone de Oliveira, e de grande parte do elenco de Vila Faia, quando José Fragoso anunciou a estreia da novela para o fim de tarde de sábado e domingo? A polémica acabou por se esfumar com o tempo, até porque este veio dar razão ao director de Programas da RTP. Os tempos mudaram e o comportamento dos públicos televisivos também. É evidente que é legítimo que quem trabalha na ficção queira ver o seu esforço reconhecido com a exibição da obra em horário nobre. Só que, em muitos casos, o horário nobre, hoje em dia, é apenas uma questão de vaidade. No caso da RTP, e provavelmente da SIC, com a força que a ficção da TVI ostenta, apostar num programa em horário nobre é meio caminho andado para votá-lo ao fracasso. Os actores têm dificuldade em perceber isso, mas é por isso que uns são actores e outros… directores de Programas.

Vejamos o caso de Um Lugar para Viver, série portuguesa que a RTP estreou em horário nobre em Setembro do ano passado. Cada um dos 13 episódios da primeira temporada, cuja exibição terminou em Dezembro, chegou, em média, a 640 mil espectadores, o que representou apenas 17,2% dos portugueses que viam televisão naquele horário. É mau? Bem, depende, mas bom não é certamente.

José Fragoso decidiu em Fevereiro repetir a primeira temporada ao sábado. E que horário escolheu ele? O das 19.00, antes do Telejornal. Qual o resultado alcançado nos primeiros cinco episódios? Ora aqui está: 824 mil espectadores em média (quase mais 200 mil do que na exibição original) e 26,6% de quota de mercado (quase mais dez pontos). Palavras para quê?

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