Às 21:00, não perca o Frente a Frente desta semana!
As audiências são, para quem escreve sobre televisão na imprensa portuguesa, uma espécie de orgasmo, um clímax. São um fim e não um meio. São uma guerra, não uma batalha. É uma visão muito redutora, como qualquer leitor ou profissional mais atento facilmente percebe. E é redutora porque, em primeiro lugar, a eficácia de um programa vai muito para além da sua posição no inefável top 10 da Marktest, ferramenta minimalista que a maior parte dos que escrevem sobre televisão na imprensa e na blogosfera utiliza.
Em segundo lugar, porque não há audiência, mas audiências: o tipo de espectadores, o perfil de portugueses que os canais conseguem conquistar, as repetições das emissões, o consumo televisivo na Internet (youTube, sapo vídeos ou nos sites das estações), que ainda não é medido, e esse novo fenómeno que é "gravo agora, vejo depois", através das boxes dos operadores de cabo, que o audímetro não alcança. Vejamos o caso das repetições nos canais generalistas. Ainda no sábado, a SIC repetiu entre as 23.20 e a 01.40 de domingo a gala especial de fim de ano do Ídolos, que tinha perdido para a TVI no dia 31 de Dezembro.
Dez dias depois de 770 mil portugueses terem visto a exibição original, houve quase mais meio milhão que viu desta vez. Não se sabe se foram repetentes, mas o mais é certo é ter sido gente (jovens na sua maioria) que no réveillon não ficaram em casa, e portanto não viram o programa, e que agora, desta vez, entre o quentinho do lar e a gélida temperatura lá fora preferiram a primeira opção.
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