16 de novembro de 2009

Fecho


Boa noite. O "Fecho" de hoje incluí uma crónica de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias. Amanhã não perca, às 20:00, a estreia do simultâneo entre o Televisão Opinião e o SIC Blog da nova rubrica "Discurso Directo"! Imperdível! Daqui a uma hora, vai estar em linha o "Frente a Frente" desta semana.
Linguagens diferentes

Enquanto a SIC vai gerindo a expectativa em torno de Lua Vermelha, que transportará para a TV nacional a mais relevante das novas tendências do cinema (os vampiros), a Valentim de Carvalho Filmes prepara-se para fazer estrear nas salas Uma Aventura na Casa Assombrada, que transporta para o cinema a mais relevante das novas tendências da TV nacional (a ficção para adolescentes). Pensando bem, era inevitável - e, perante o golpe de sorte suplementar que constituiu a quase simultânea chegada de Isabel Alçada ao Governo, é êxito garantido.

Mas é importante que se trate mesmo de cinema, não apenas da transposição para um ecrã maior dos mesmos recursos criativos e das mesmas opções estilísticas da nossa ficção para miúdos. Em grande parte, foram isso os dois primeiros filmes da VC Filmes, Amália, o Filme e Salazar - A Vida Privada: os mesmos guiões pobrezinhos e as mesmas interpretações vácuas das telenovelas lusas (ou lá perto) - e depois aquela mise en scène denunciada, aquela gestão preguiçosa da câmara e aquela fragilidade de efeitos que na TV ainda passa, mas no cinema nem pensar.

Já há algo de constrangedor em ler que Isabel Alçada passou as férias de Verão a escrever, na companhia de Ana Maria Magalhães, quatro novos livros (repito: quatro livros numas férias) da saga Uma Aventura. Para despachar filmes ao mesmo ritmo, mais vale à VC ficar-se pelos telefilmes - e, entretanto, torcer para que este público continue sem ganhar maturidade.

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