O problema da actual medição de audiências da Marktest, em que a própria quer agora introduzir mudanças, não é apenas o facto de deixar de fora, entre outros, os mais de meio milhão de assinantes Meo. O problema é que essas 500 mil pessoas têm um perfil diferente. Vêem televisão de maneira diferente - e, provavelmente, gostam de televisão diferente também.
Talvez os futuros números, obtidos a partir do momento em que a IPTV, o satélite e a nova TDT passem a ser auditados, não sejam muito diferentes dos de hoje. Mas, a avaliar pelas reacções da RTP e da TVI, manifestando-se ostensivamente contentes com as medições hoje existentes, o mais provável é que as diferenças ainda tenham significado. Dos canais generalistas, e tirando a RTP2, é a SIC quem tem mais expressão no segmento "culto" (o tipo de TV que mais se apropria a visionamentos alternativos) - e talvez seja ela quem mais tem a ganhar com novos estudos. Pode estar muito dinheiro de publicidade em jogo.
E, no entanto, este salto é apenas parte da solução. Fica ainda por resolver o problema da Internet, tanto em relação aos sites de partilha de ficheiros, como aos sites oficiais das estações. Por outro lado, os próprios canais terão de encontrar solução para a incrustação de publicidade na TV gravada e/ou partilhada na Web. Estamos no início de tudo - e a nova Hybrid Broadacst Broadband, embora já chamada de "futuro", ainda será só o "futuro próximo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário