14 de maio de 2011

Episódio Seguinte

Boa Tarde! Seja bem-vindo a mais um Episódio Seguinte!

E, a dois dias da grande estreia, revelamos-lhe o primeiro episódio de Remédio Santo!

Em Salamanca, Violante desperta, subitamente, de um pesadelo. Senta-se na cama com a respiração agitada e sem fôlego. No entanto, recompõe-se de imediato, levantando-se da cama e desvalorizando o sonhou que teve. No salão da casa, Miguel, filho de Violante, toca uma música animada ao piano, com alguma desafinação. Está muito compenetrado, até que se apercebe que está a ser observado pela mãe, que se prepara para sair.

Numa praça em Salamanca, Helena, filha de Violante, e o namorado Gonçalo tiram fotografias juntos. Estão sentados no chão, com ar de quem passou a noite em claro. Helena diz a Gonçalo que quer que a sua família o conheça. Mas este, desconfortável, tenta arranjar uma desculpa para se descartar.


Violante conduz, enquanto pinta os lábios. Arregala os olhos, ao ver o carro de Gonçalo entrar na estrada e larga o batom, levando o pé ao travão. O seu carro acaba por embater no de Gonçalo. A mãe de Helena sai, furiosa, do carro, porém fica estupefacta ao ver a figura de Gonçalo, pois é muito parecido com Daniel, o homem que tanto a marcou no passado. Violante diz que não quer nada do rapaz e o melhor é ele esquecer tudo o que aconteceu. Gonçalo dá-lhe um cartão seu e vai-se embora. Num misto de ódio e mágoa, Violante rasga o cartão em mil pedaços. Ela recorda Daniel e a humilhação porque este a fez passar ao abandoná-la no altar. Há trinta anos atrás, Daniel fugiu com a sua amiga, Eugénia, que seria a madrinha de casamento dele com Violante. Abalada com as recordações, Violante não consegue conter as lágrimas.

Em casa, em Viseu, Eugénia vê as fotografias do seu casamento com Daniel. Sara, de uniforme, arruma um canto da sala. Daniel e Graça entram, vindos da rua e Daniel mantém uma postura quase subserviente diante da altivez de Graça, mãe de Eugénia. Daniel e Graça conversam sobre a vinda de Álvaro a Viseu para investir na fábrica.

Hortense, irmã de Eugénia, está em casa inconformada a olhar para três potes com cinzas e a lamentar-se por ter perdido três maridos.


Na igreja de Mundão, o padre António agradece a Evangelina pelo apoio que esta tem dado à sua irmã, Hortense. Os dois olham-se com cumplicidade, pois são amigos de longa data. Contudo, o olhar do padre muda ao ver as três beatas Nazaré, Deolinda e Ludovina. As três levam cestas com lembranças alusivas à Santinha da Luz. O padre fica bastante irritado porque vê naquelas lembranças, apenas uma forma de ganhar dinheiro por uma Santa que não existe para ele.

Nazaré vai a casa de Jacinta, avó de Aurora, levar as lembranças. Esta diz-lhe que depois da romaria fará contas com ela. Nazaré esboça um sorriso triste e diz que não era dinheiro que queria da Santinha, mas o amor de Álvaro.


Jacinta entra no quarto de Aurora, a Santinha. Aurora reza, ajoelhada, diante da Cruz de Cristo. Jacinta mostra duas velas com a imagem da Santinha que as beatas fizeram para a romaria. Aurora não liga aos objectos, pois é contra a avó fazer dinheiro à custa do seu dom.

Em Salamanca, vários estudantes estão num salão de baile de graduação da Faculdade. Gonçalo vem acompanhado por Celso, seu melhor amigo e finalista de curso. No parque de estacionamento, Álvaro abre a porta do seu carro a Helena que vem deslumbrante e olha-a com carinho. Helena vai até ao salão de baile e puxa Gonçalo para vir à rua, porque tem algo para lhe mostrar. Gonçalo deixa-se levar, um pouco confuso. Helena apresenta Gonçalo ao pai. Este tenta disfarçar o nervosismo.


Gonçalo e Helena dançam. Helena, ao ouvido de Gonçalo, fala-lhe de casamento e este solta-a de imediato. Gonçalo ganha coragem e diz a Helena que aquela foi a última dança deles, pois como já terminou o curso irá embora de Salamanca no dia seguinte. Helena fica em choque e começa a discutir com Gonçalo, que lhe vira costas e sai. Helena começa a olhar em volta, sentindo-se humilhada, diante do burburinho dos estudantes, que ouviram a discussão. Ela ainda corre atrás de Gonçalo, mas não consegue alcançá-lo. Celso aproxima-se dela, contudo esta está enlouquecida.

No dia seguinte, Gonçalo prepara-se para se ir embora. Entra para o seu carro e encontra Helena, ainda com a roupa da noite anterior. Gonçalo grita com Helena e diz que o que eles tinham acabou e que nunca mais a quer ver. Helena, com um olhar maquiavélico, diz-lhe que estão ligados para toda a vida porque está grávida dele. Ele fica sem reacção, mas depois percebe que é mentira e expulsa-a do carro, arrancando. Helena grita com todas as suas forças, que Gonçalo será dela, só dela! Parte para casa, arruma as malas, arranja um teste de gravidez falso e segue para Viseu, atrás de Gonçalo.

Violante vê uma fotografia de Helena e Gonçalo juntos e percebe que o rapaz que ia no carro onde bateu é o filho de Daniel. Decide então seguir a filha até Viseu.

Gonçalo está próximo de Viseu e cruza-se com Aurora. Esta repara na matrícula espanhola, que povoou um sonho que teve com um acidente. Aurora avisa Gonçalo para não pegar mais no carro, pois algo de mal pode acontecer. Os dois trocam um olhar muito intenso, como que enfeitiçados um pelo outro. Aurora desvia o olhar e começa a correr, afastando-se na direcção da serra. Gonçalo decide, a medo, entrar dentro do carro. Contudo, Helena atravessa-se à sua frente. Gonçalo percebe que Helena o seguiu e que a sua loucura começa a ser desmedida. Helena entrega a Gonçalo um teste de gravidez positivo e diz que está ali a prova de que está grávida. Gonçalo, já sem paciência para a conversa, arranca e Helena fica a vê-lo ir-se embora.

À noite na aldeia, Aurora reza em conjunto com as pessoas que ali estão a adorá-la. Helena está mais afastada, impressionada com tudo. Aurora pára de rezar, como se estivesse a pressentir algo, mas tenta disfarçar.

Violante conduz nervosa e acaba por ter um acidente, fazendo com que outro carro se despiste.

Na romaria, Aurora desmaia, sendo agarrada por Jacinta e outras pessoas. O choque é geral. Mais tarde, Aurora recupera os sentidos e diz que a morte já chegou.

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