15 de janeiro de 2011

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.


O medo do líder

A pior coisa que um líder pode fazer é mostrar medo. Pode hesitar, mas não pode mostrar. Pode errar nas decisões, mas não pode adiá-las. Há mais de um mês que se tinha percebido que a novela Sedução, da TVI, revelava problemas graves na sua relação com o público. Já em 2010 se afigurava inevitável que a história de Rui Vilhena teria de, forçosamente, ser empurrada para as onze e meia da noite, uma vez que estava a comprometer o prime time da estação. A TVI, ou por teimosia ou por não ter neste momento ninguém que pense a grelha, resistiu a mudar. Mudou quarta-feira. Da pior forma. No pior momento.



Da pior forma, porque quase em surdina, sem publicidade, sem alteração anunciada no site, como que em reacção ao crescimento de Laços de Sangue. Ou seja, a TVI, que é líder, reagiu ao challenger, a SIC.


Mudar de horário das novelas a meio da semana (quando, ainda por cima, hoje tinha o pretexto da estreia da terceira temporada de Depois da Vida, com a oportuna conversa com... Carlos Castro) é revelar as suas fragilidades.


Colocou-se numa posição que Moniz jamais se colocaria. E fê-lo no pior momento. Numa altura em que a novela da SIC cresceu imenso, em que a própria estação está numa onda de subida (mais mediática do que real, sejamos justos), motivada pelas contratações de Júlia Pinheiro, Manuela Moura Guedes, Rogério Samora e outros actores.


Fora de tempo, as alterações não surtiram efeito. Pelo menos no primeiro dia. Laços de Sangue voltou a ganhar, desta vez a Mar de Paixão. Enquanto isso, Sedução, agora no horário mais tardio, permitiu que Passione obtivesse o resultado mais expressivo de sempre.


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