1. Se Nuno Santos mandasse, fazia uma magia e prolongava Caras e Bocas por mais 345 episódios, esticando a novela até 2012. Assim, com os seus superpoderes desactivados, vai ter de se contentar com mais um mês da novela brasileira que voltou a dar a liderança das tardes.
Nas últimas semanas, Caras e Bocas tem conseguido o melhor share diário da estação, sempre na casa dos 30%. O que tem dois reflexos, qualquer um deles muito simpático para a SIC: ajudou a embalar Escrito nas Estrelas, que está com uma muito recomendável média de 30% de quota de mercado, e ajudou a ofuscar Fátima Lopes na TVI. Ou seja, o fim da novela (em Portugal, as rectas finais das novelas duram dois meses...) foi a poderosa aspirina de que a SIC precisava, combatendo duas difíceis dores de cabeça que se abatiam sobre Carnaxide.
2. Ao fim de tantos anos, Morangos com Açúcar começa a dar sinais de desgaste. É natural: passaram sete anos desde que Moniz pegou na brasileira Malhação e copiou o conceito. Com o sucesso que se sabe. Os Morangos não só foram um berço de actores para a TVI como ajudaram a estação a liderar no horário de acesso ao prime time, como ainda por cima deram muito dinheiro à empresa, com merchandising e discos vendidos, por via das bandas que saíram da novela juvenil. Os últimos tempos, porém, sem serem ainda preocupantes, dão sinais de alerta. Morangos perde claramente para Fernando Mendes quando chega o Inverno e já permite a competição directa com a novela da SIC. Tanto assim é que o director de Programas da TVI viu-se obrigado nesta semana a testar Espírito Indomável ao fim da tarde. Um teste apenas de três dias, mas que tem muito mais significado do que a simples "experiência" que André Cerqueira confessou ao DN.
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