11 de outubro de 2010

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.

Pontos nos "is"

1. Foi a direcção da RTP, garante a própria, que decidiu substituir Rui Moreira no papel de representante dos adeptos portistas no Trio d'Ataque (e não, portanto, Rui Moreira quem resolveu deixar em definitivo o painel de comentadores do programa). As palavras "adeptos portistas" são aqui a pedra de toque: como muito bem prova a RTPN, Rui Moreira, António-Pedro Vasconcelos e Rui Oliveira e Costa representavam (e, tanto, quanto se sabe, os dois últimos continuarão a representar) as paixões por diferentes clubes, não os clubes propriamente ditos (e menos ainda as suas direcções). Bem pode dizer Rui Oliveira e Costa, pois, que apenas vai decidir o que fazer depois da reunião do Conselho Leonino. Pelo bom exemplo dado com Rui Moreira, é a RTP que determina se alguém tem ou não a oportunidade de participar, não cabendo ao visado mais do que resolver se aceita ou não aproveitar essa oportunidade. Não pensem que isto é uma questão menor, porque não é. Noutros tempos (e em todas as estações) não foi assim.

2. É preciso deixar bem claro: os Emmy International não são os Emmy propriamente ditos - e, portanto, Meu Amor, nomeado na categoria de Telenovela, não vai concorrer com Donas de Casa Desesperadas ou séries desse padrão de qualidade, mas com as soap operas como Ciega a Citas (argentina) ou Dahil May Isang Ikaw (filipina). A nomeação é uma boa notícia para a ficção nacional? De certa forma, sim. Mas é fundamental não confundir as coisas. Muito menos permitir que esta parca distinção nos deixe de repente convictos de que a ficção portuguesa - e as telenovelas da TVI em particular - é boa. É má, muito má (e são más, muito más).


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