Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Nuno Santos tirou da gaveta um projecto de Francisco Penim, exibido na SIC em 2006 sem grande sucesso. Fê-lo, seguramente, por razões económicas: reexibir uma série em carteira, já paga e transmitida, significa um custo em grelha muito diminuto, capaz de contrabalançar o investimento avultado que a estação fez no Mundial de futebol.
Aqui não há quem viva, é uma adaptação de um formato espanhol e teve, tem, alguns momentos interessantes, apesar de um argumento pouco rico. Tem a mais-valia de ter Nicolau Breyner, Soraia Chaves, Diogo Morgado, Maria João Abreu e a saudosa Rosa Lobato de Faria no elenco.
Numa altura em que Nicolau é exclusivo TVI (que acaba de lhe fazer uma festa de carreira) e que Soraia Chaves se prepara para ser a estrela de uma série da RTP, os responsáveis da SIC tiveram olho para a coisa: tiram da gaveta uma produção em que os mostram todos juntos.
No consulado de Francisco Penim, a série, que retrata supostamente o dia-a-dia de um prédio no centro de Lisboa, conseguiu 730 mil espectadores em média por cada um dos 26 episódios exibidos (24% de quota de mercado). Segunda-feira andou pelos mesmos patamares: 748 mil portugueses (23,1%). Acredito que não fará muito mais do que isso, embora, se Salve-se Quem Puder crescer um pouco (anda na casa dos 24 pontos percentuais), poderá contagiar o que se segue.
Bem precisa a SIC que assim seja. Com o fim de Perfeito Coração e de Viver a Vida, e sem que Passione ainda tenha caído no goto dos portugueses, o prime-time da estação volta a necessitar de alguma estabilidade.
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