Para lá das 24

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Foi no passado sábado que chegou à televisão portuguesa o programa cujo objectivo era garantir, Mesmo a Tempo, bons resultados para a estação de Carnaxide.

A partir de Madrid, pudemos testemunhar um Nuno Graciano ao seu melhor estilo: a alegrar os presentes em estúdio e os telespectadores lá de casa. Em excelente forma, o apresentador pulou, puxou pelo público, conversou e ainda se fartou de dar prémios. A seu lado tinha uma surpreendente Iva Lamarão e um erro de casting, Carla Matadinho. Da apresentadora de Quando o Telefone Toca, não esperava outra coisa, uma vez que já tem alguma experiência. Bonita, com boa imagem, comunicativa, com uma boa química com o seu parceiro. Sinceramente, gostei. Já a antiga Miss Playboy, talvez um pouco motivada pelo nervosismo de estar pela primeira vez em directo, não esteve bem. Sem química com Nuno Graciano, demasiado artificial, com pouca chama, muito presa, Carla Matadinho foi a grande desilusão da noite. No seu lugar, teria posto alguém que desse mais garantias, Cláudia Borges, por exemplo. Penso que Carla ainda está um pouco verde.

Apesar de o grande alarido que se fez à volta de Mesmo a Tempo, os resultados ficaram muito abaixo das expectativas. Talvez pelo horário em que foi emitido, pela duração ou por o público português já não querer este tipo de formatos. Na minha opinião, a duração e hora de inicio foram as principais causas. Acho que se tivesse ido para o ar logo após Jornal da Noite, talvez conseguisse fazer mais. Há que ter em conta que foram mais de duas horas e meia de programa, o que poderá ter cansado os telespectadores. O certo é que o investimento foi alto e os resultados não conseguiram sequer efeitos positivos.

A pergunta que se coloca neste momento é: “O que fazer com Mesmo a Tempo?” Penso, sinceramente, que deveriam repensar a sua duração, bem como o seu horário. Afinal de contas, este programa até poderia ajudar a SIC, se algumas alterações lhe fossem feitas.