Às 21:00, não perca a estreia da nova rubrica do Televisão-Opinião: Audimetria Semanal.
Não foi só a exibição do Benfica que foi grande, quinta-feira à noite, no Estádio da Luz. Também a transmissão da SIC foi muitos furos acima do habitual na estação e até, arrisco-me a dizer, do que é a bitola média das operações futebolísticas televisivas em Portugal.
É verdade que não há muito para inventar neste tipo de acontecimentos. Portugal tem alguns dos mais experimentadores realizadores e o espectador só tem a ganhar quando essa qualidade se assume numa emissão desportiva. Correcto, e segundo os cânones, a colocação das câmaras, realização ágil nas repetições, atenção na captação de momentos extra-jogo: quando Cardozo empatou a partida, a câmara foi atrás de um miúdo, que não devia ter mais do que seis, sete anos, a chorar copiosamente, agarrado ao cachecol do Benfica. Aquele miúdo, que eu benfiquista assumido tive logo vontade de conhecer, chorava de alegria pelo golo da sua equipa. Logo nos segundos seguintes, a câmara voltou a ir buscar emoção à bancada: com o momento de tensão que um grupo de amigos vivia antes da grande penalidade e a alegria colectiva e contagiante que se seguiu, quando a bola balançou as redes.
Também do ponto de vista jornalístico, a SIC deu cartas. José Augusto Marques, um homem da rádio, com tudo o que isso significa, é já um clássico nas narrações do canal. A opção de convidar Rui Santos para comentar foi boa: ele é, goste-se ou não do estilo, da pose e do argumentário, o maior ponta-de-lança da SIC neste campeonato. Nuno Pereira e Nuno Guedes, no relvado, souberam dar cor à transmissão, acrescentando valor ao que os espectadores viam. E isso faz toda a diferença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário