Nela, elogiou a ficção nacional e confessou que se sentia responsável pelo facto de o público português escolher as telenovelas portuguesas em detrimento de produções brasileiras. Todavia, o autor de vários sucessos televisivos, como Filha do Mar ou Jardins Proibidos, admitiu que é necessário “reciclar” a ficção portuguesa, uma vez que as histórias se tornaram repetitivas: “Penso que os autores portugueses deveriam reconhecer a necessidade de parar um dois anos antes de escrever uma nova história, porque falta novidade. O que requer muito de um autor são as histórias que nascem de raiz, sabendo à partida que uma novela será sempre uma história de amor. É muito arriscado fugir ao amor numa história de uma novela”, explicou.
Conhecido pela sua fé, Manuel Arouca foi peremptório quando lhe perguntaram o porquê de não abordar esta temática nas suas obras: “Sempre que tento criar histórias com espiritualidade e fé não reagem muito bem. A Filha do Mar, que até teve um milagre, levantou algumas dificuldades, embora tenha sido um sucesso de audiências. Como fui barrado muitas vezes, desisti. Penso que isso se deve ao facto de as pessoas neste meio não serem muito ligadas à religiosidade.”
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