Daqui a sensivelmente uma hora, saberemos quais as novidades que a TVI reservou para os espectadores, a propósito do décimo aniversário.
Aguardo com grande expectativa a estreia de Miguel Sousa Tavares na SIC (Sinais de Fogo, na próxima segunda-feira). Primeiro porque Sousa Tavares é um dos nomes maiores do jornalismo português dos últimos 30 anos. Depois porque, independentemente de não estar de acordo com ele em muitas coisas que escreve, reconheço-lhe abertura de espírito, solidez de princípios, clarividência argumentativa e honestidade intelectual para o fazer. E bem sabemos como é tão difícil encontrar quem, por estas bandas, reúna estas quatro características. E finalmente porque, independentemente das suas simpatias ideológicas, Sousa Tavares não se deixa subjugar aos interesses partidários, nem às suas conveniências de circunstância. Ele pensa. E ele escreve o que pensa. E ele diz o que pensa.
A esse propósito, a sua última crónica no Expresso, sobre o processo "Face Oculta" e todas as réplicas associadas ao tsunami, é de um brilhantismo assinalável, colocando as coisas em seu sítio, e não embarcando nos costumeiros rebanhos que a classe mais corporativista que existe em Portugal (a dos jornalistas, bem entendido) adora incentivar.
A estreia de Sinais de Fogo é, pois, uma excelente notícia: a televisão generalista ganha em inteligência em horário nobre. Ainda por cima, tendo como convidado José Sócrates num momento em que o primeiro-ministro está destro çado do ponto de vista da opinião pública. Dificilmente Miguel Sousa Tavares poderia augurar arranque mais promissor.
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