31 de janeiro de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias. Às 21:00, não perca a rubrica O Protagonista, onde não vamos destacar uma personalidade que marcou a semana, mas sim, falar de um profissional de televisão que merece ser relembrado. E já agora, por volta das 00:40, saiba tudo sobre a gala do Ídolos, em Diário de um Ídolo.
Não matem já o Brasil!

Quem deu como mortas as novelas brasileiras da Globo ou se apressou demasiado na análise, ou tem preconceito contra o que vem do Brasil ou, pura e simplesmente, não sabe do que fala.

É verdade que nos últimos dez anos a ficção portuguesa cresceu imenso. Em todos os sentidos: na narrativa e construção de personagens; na evolução dos actores portugueses mais novos e na adaptação dos mais velhos, com a escola do teatro, à semiótica televisiva; na iluminação, na pós-produção e na realização e, sobretudo, no investimento orçamental nesta indústria.

É o dinheiro que separa essencialmente Portugal do Brasil. E o dinheiro, ou a falta dele, significa tempo de gravação, possibilidade de mandar para o lixo e voltar a gravar ou, sobretudo, o tempo que cada actor tem para fazer bem o seu trabalho, sem a obrigação de ter de fazer 15 cenas num só dia.

É verdade que os brasileiros andam nisto há quase 60 anos (a primeira novela brasileira estreou-se na extinta TV Tupi em 1951) e nós ainda estamos, do ponto de vista industrial, a gatinhar.

É também verdade que as histórias portuguesas dizem mais aos portugueses. É natural que se prefira ver uma novela gravada em Lisboa, no Marvão, ou no Porto, do que uma que retrate realidades distantes do Rio de Janeiro, São Paulo ou Belém do Pará.

Mas dizer que o filão das novelas brasileiras em Portugal está a chegar ao fim é uma precipitação completa. Ainda sexta-feira, Viver a Vida na SIC fez 31% de share, batendo a sua concorrente portuguesa na TVI. E, horas antes, Paraíso fez quase 27% de quota de mercado. Valores, em ambos os casos, muito acima da media diária da estação que os emite.

6 comentários:

Anônimo disse...

"Ainda sexta-feira, Viver a Vida na SIC fez 31% de share, batendo a sua concorrente portuguesa na TVI."

Diga onde... Que eu saiba quem teve mais espectadores foi a portuguesa, a brasileira ganhou em share porque emitiu até mais tarde.

Cale a boca.

Anônimo disse...

É verdade! em espectadores Sentimentos ganhou sempre a Viver a Vida! Viver a Vida tem dado até mais tarde, é normal que tenha mais share, acontecia o mesmo com Caminho das Indias!

HS

Cláudia disse...

Bem..Quanto a numeros nao tenho muito a dizer! Falam por si só...Mas para mim, quantidade nao significa qualidade..Muito menos quando toca a novelas..Acho que as novelas da TV Globo estão a anos-luz de distância das novelas portuguesas (nao digo todas..mas a grande maioria). Confesso que tenho certa implicância com as novelas portuguesas.. Particularmente as da TVI (coisa pessoal), mas acho que sem quaisqer duvidas, a TV Globo é perfeita naqilo que faz, e tenho muita pena que os portugueses comecem a ter um pouco de desprezo pela mesma! Mas enfim, tudo no mundo é seguido de uma certa injustiça! Mas eu quero contribuir para a continuação de novelas brasileiras na SIC.

DS disse...

Relativamente aos valores, o Nuno Azinheira, tem em atenção o share, pois é com base neste que os anunciantes investem.

Anônimo disse...

Cláudia! Implicância não quer dizer que estão mal feitas! Mas ok... As novelas da TVI são más mas as da SIC (Perfeito Coração) já não é! Não entendo o porquê, porque acabam de ser iguais! Mas ok, uma é da TVI e outra da SIC.

Cláudia disse...

Por isso é qe disse implicância! E pessoal =) Também posso dizer que ja gostei de novelas feitas pela TVI, como Queridas Feras ou Amanhecer. No entanto as novelas dos ultimos anos nao me cativam nadinha..Acho que já vou com o pé atrás quando vejo algum episódio..e depois encontro defeito em tudo! Ja farta ver sempre o mesmo elenco nessas novelas...Enfim, podes chamar a isto preconceito..Aceito perfeitamente..E nao digo que as da Sic sao boas...Também as têm más!