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Tiger Woods é o melhor jogador da história do golfe, um jogo com mais de 250 anos de "era moderna" (e, aliás, amplamente reconhecido como uma das modalidades desportivas mais exigentes, tanto no ponto de vista técnico como psicológico). E, no entanto, foi preciso esperar quase 13 anos, contando a partir do arranque da carreira profissional de Tiger, para que o seu rosto se tornasse presença regular na televisão portuguesa.
Há algo de lamentável nisto. Todos os anos ocorrem em Portugal três torneios de golfe de grande nível internacional - e raramente os nossos canais (à excepção da SporTV, abençoada seja) lhes dão um mínimo de cobertura. Já as inesperadas infidelidades de Tiger, que por esta altura levam o puritanismo americano a um delírio nunca antes atingido (a não ser com Bill Clinton), são notícia nos mais variados canais, tanto no cabo como em sinal aberto.
Pois, agora, o mínimo que se pode esperar é que o burburinho em torno da vida privada de Tiger contribua para a divulgação do golfe entre os portugueses. Aparentemente, é assim que as coisas funcionam em televisão. Ainda esta semana li, nos jornais, uma entrevista com Adelaide de Sousa - e aquilo de que quase toda a entrevista falava, com aparentes benefícios para a divulgação do canal, era de como a apresentadora mudava as fraldas ao seu novo bebé (e até de como, imagine-se, os seus cães haviam reagido à presença da criança).
Não vale a pena tentar percebê-lo, portanto. Aproveitemo-lo apenas: Tiger com eles.
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